“Trocas de informações entre bancos eram práticas normais”, refere Miguel Maya sobre o “cartel da banca”

O CEO do Millennium bcp rejeita que tenha havido um cartel da banca com o intuito de prejudicar os clientes bancários, e que a comunicação entre os departamentos de marketing era recorrente.

Recentemente, o Tribunal de Justiça da União Europeia deu razão ao Tribunal da Concorrência que confirmou a existência de troca de informações sensíveis sobre as condições comerciais praticadas entre as instituições financeiras entre 2002 e 2013.

No decorrer da apresentação dos resultados do primeiro semestre do ano, Miguel Maya, CEO do BCP, Miguel Maya rejeita a ideia de que tenha havido um cartel da banca ou outra qualquer atividade ilícita entre os bancos com o intuito de prejudicar os clientes bancários.

O banqueiro afirmou que “não houve nenhum comportamento com o propósito de interferir negativamente na concorrência entre os bancos”, enfatizando ainda que “não foi identificado nenhum comportamento com o propósito de prejudicar os clientes.”

Além disso, o líder do BCP e do Millennium bcp argumentou que as trocas de informações entre bancos “eram práticas normais” e não resultaram em prejuízos para os clientes, notando que se trataram de “troca de informação entre departamentos de marketing, numa altura que até levou à prática de spreads mais baixos.”

Miguel Maya reforçou ainda a sua confiança de que, no final, a decisão será baseada em factos e não em emoções e reafirmou a convicção do BCP de que não houve qualquer prática que prejudicasse os clientes do banco.

O caso que ficou conhecido como o “cartel da banca” envolve várias instituições financeiras portuguesas acusadas de trocar informações sensíveis que poderiam ter falseado a concorrência. O Tribunal de Justiça da União Europeia admitiu que tais práticas podem constituir uma restrição da concorrência, mesmo que isoladas.

O BCP, juntamente com outros bancos, tem tentado anular as multas e as decisões desfavoráveis, argumentando a ausência de uma análise adequada à luz da legislação mais recente.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Comentários ({{ total }})

“Trocas de informações entre bancos eram práticas normais”, refere Miguel Maya sobre o “cartel da banca”

Respostas a {{ screenParentAuthor }} ({{ totalReplies }})

{{ noCommentsLabel }}

Ainda ninguém comentou este artigo.

Promova a discussão dando a sua opinião