Media Capital atenta a “oportunidades” para integrar produção e distribuição de conteúdos
Media Capital foi "instada" pelo regulador dos mercados a esclarecer notícias sobre a tentativa de compra da Nowo, que acabou por falhar na semana passada.
A Media Capital confirmou esta terça-feira que “manteve conversações, nas últimas semanas, com vista à potencial aquisição da Nowo”, mas não foi “possível alcançar um acordo com a proprietária dessa entidade”. O grupo continuará atento a “oportunidades” que permitam integrar a produção audiovisual com distribuição de conteúdos.
A empresa que detém a TVI e a CNN Portugal diz ter sido “instada” pela Comissão do Mercado de Valores Imobiliários (CMVM) a “prestar esclarecimentos ao mercado”, “na sequência das notícias divulgadas”. Na quinta-feira passada, o ECO avançou em primeira mão que o acionista da Nowo, a Lorca JVco, rompeu à última hora um acordo com a Media Capital para lhe vender a operadora portuguesa, depois de ter sido chumbada pela Autoridade da Concorrência a venda à Vodafone.
“A Media Capital reconhece como legítimo o direito dos acionistas da Nowo em pôr fim às negociações mantidas entre as duas entidades”, diz agora a empresa controlada pelo empresário Mário Ferreira.
Soube-se depois que a Lorca JVco decidiu vender a Nowo à Digi, uma operadora romena que se prepara para lançar serviço em Portugal, por 150 milhões de euros, o mesmo preço que propunha pagar a Vodafone. O ECO sabe que a Media Capital oferecia um valor substancialmente inferior.
Neste contexto, a Media Capital acrescenta que “permanecerá atenta a oportunidades que surjam para integração da produção audiovisual com a distribuição de conteúdos, na convicção de que as transferências graduais das audiências para as plataformas de streaming e das receitas publicitárias para as tecnológicas globais, irão requerer maior capacidade de inovação e de coordenação entre os vários elementos da cadeia de valor”.
Mário Ferreira, presidente da Media Capital, também é acionista do ECO.
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