Acionista da Inapa admite responsabilizar Parpública e anterior gestão pela falência
Nova Expressão considera saída do ex-presidente da Parpública uma oportunidade para rever posicionamento sobre a Inapa. Admite exigir responsabilidades à anterior administração.
A Nova Expressão, o segundo maior acionista da Inapa, com mais de 10% do capital, afirmou esta segunda-feira estar preparado para defender os seus direitos “em todas as instâncias” e não descarta “exigir responsabilidades” à anterior administração da Parpública e à gestão da empresa.
Em comunicado, a Nova Expressão considera que a saída de José Realinho de Matos da presidência da Parpública, substituído por Joaquim Cadete, significa uma “oportunidade” de correção do pensamento e ações do maior acionista da empresa, que é a Parpública, que detém 45% do capital”.
A Nova Expressão SGPS afirma que “está preparada para defender os seus direitos em todas as instâncias e não põe de lado a possibilidade de exigir responsabilidades a quem criou a situação atual: a anterior administração da Parpública e a Comissão Executiva do Conselho de Administração da Inapa“.
Para a Nova Expressão, “este é o momento para uma nova atitude do maior acionista, centrada na defesa do emprego dos trabalhadores da empresa, que permita manter a presença de uma das poucas multinacionais de base portuguesa com atividade na geografia europeia, e, finalmente, respeitar os acionistas – cerca de 30% do capital está disperso por pequenos investidores”.
O grupo de Pedro Baltazar salienta estar “a acompanhar a situação e a estudar as várias possibilidades ainda em aberto”. “Mantemos contacto com os interessados em construir uma nova Inapa, queremos ser parte integrante de uma solução que abra o caminho do futuro à empresa e estamos disponíveis para assumir as nossas responsabilidades, tal como dizemos desde o início deste processo e já demonstrámos em várias ocasiões”, aponta.
A Inapa formalizou, em 29 de julho, o pedido de insolvência junto do Tribunal Judicial da Comarca de Lisboa Oeste. O pedido avançou depois de a empresa ter comunicado, no passado dia 21 de julho, que o colapso na Alemanha era inevitável, uma vez que não conseguiu aprovação da Parpública, o seu maior acionista, para uma injeção de emergência de 12 milhões de euros, o teria repercussão na atividade da holding, puxando-a também para a falência.
O Governo decidiu afastar na semana passada a administração da Parpública, tendo transmitido a decisão à administração cessante, liderada por José Realinho de Matos. Fontes governamentais explicaram ao Jornal de Negócios que a gestão da Parpública “não teve uma postura preventiva na sua atuação”, mas antes “uma ação reativa”, colocando o Estado com pouca margem para tomar decisões. O caso mais recente diz respeito à Inapa, com a administração a apontar responsabilidades à liderança da Parpública, o maior acionista, acusando-a de protagonizar uma “destruição de valor massiva facilmente evitável”.
(Notícia atualizada às 11h34 com mais informação)
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