Lucro da Vista Alegre cai 15% no primeiro semestre
Volume de vendas consolidado do Grupo Vista Alegre do primeiro semestre registou uma quebra de 0,4%, tendo atingido 64 milhões. Segmento da porcelana e complementares registou uma quebra de 11,7%.
A Vista Alegre obteve um lucro de 3,9 milhões de euros nos primeiros seis meses deste ano, uma quebra de 15% face aos 4,6 milhões registados no período homólogo de 2023, divulgou a empresa ao mercado esta segunda-feira.
“No primeiro semestre de 2024, o resultado operacional regista um decréscimo de 4,6% face ao período homólogo, situando-se nos 8,1 milhões de euros. Devido aos recentes investimentos realizados pelas empresas da Vista Alegre, as amortizações tiveram um aumento de 0,6 milhões de euros que impactou negativamente o resultado operacional. O resultado líquido dos primeiros seis meses do ano 2024 foi de 3,9 milhões de euros“, detalha o comunicado publicado no site da CMVM.
Entre janeiro e junho, o volume de vendas consolidado do Grupo Vista Alegre também registou uma quebra ligeira de 0,4%, tendo atingido 64 milhões de euros, um desempenho justificado pelo decréscimo de 11,7% no segmento da porcelana e complementares, que a empresa justifica com a “redução na venda de produtos de private label e no canal horeca (hotelaria e restauração)”.
A faiança, por seu lado, foi o segmento que mais cresceu (15,9%). “Os produtos marca do grupo, Vista Alegre e Bordallo Pinheiro, apresentaram uma evolução favorável no retalho (físico e online) a nível nacional e internacional, tendo crescido 2% face ao mesmo período do ano 2023. Importa referir o crescimento do private label no segmento do Grés de 8,7% face ao primeiro semestre do anterior”, destaca.
A empresa de Ílhavo indica ainda no comunicado que consolidou a posição em mercados “como os EUA, com um crescimento de 38,9%”, e expandiu a marca “para novos mercados como República Checa, Noruega e Emirados Árabes Unidos”. O mercado externo representa 74,1% do volume de negócios da Vista Alegre, com 47,2 milhões de euros de vendas, sendo que os mercados da Alemanha, França, Espanha e Itália na Europa e os EUA e Brasil são os maiores contribuidores para as vendas ao estrangeiro.
Em termos de investimento, o grupo registou um total de 7,2 milhões de euros, “maioritariamente direcionado para a descarbonização” e a dívida líquida consolidada teve um aumento para 73.770 milhões de euros, correspondendo a 2,6 vezes o EBITDA, “fruto de um semestre mais exigente em termos de necessidade de fundo de maneio”, justifica a Vista Alegre.
Em maio, a Vista Alegre Atlantis montou um empréstimo obrigacionista com recurso a uma oferta pública de subscrição (OPS) no montante global de 60 milhões de euros. Esta operação permitiu à empresa diversificar as suas fontes de financiamento, já que o empréstimo obrigacionista foi colocado junto de investidores particulares.
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