IP contrata obras em Contumil e São Gemil para abrir Linha de Leixões a passageiros
O início das obras estava previsto pela IP para o final de agosto. O contrato de 345 mil euros foi assinado com o empreiteiro José Pereira Remelhe & Filhos, Lda.
A Infraestruturas de Portugal (IP) contratou o alteamento de plataformas nas estações de Contumil e São Gemil no âmbito da reabertura da Linha de Leixões ao tráfego de passageiros, previsto para o final do ano, consultou esta quarta-feira a Lusa. Em causa está um contrato de 345 mil euros com o empreiteiro José Pereira Remelhe & Filhos, Lda. para o alteamento de plataformas de passageiros em duas linhas em Contumil, bem como o alteamento de uma plataforma e a construção de uma nova em São Gemil.
Em São Gemil, segundo os documentos do projeto, consultados pela Lusa, está prevista a construção de um abrigo-tipo da IP em cada plataforma, com possibilidade de instalação de máquinas de venda automática. O início das obras estava previsto pela IP para o final de agosto. A Lusa questionou a IP sobre se já começaram ou quando estão previstas começar, e aguarda resposta.
No âmbito de um protocolo celebrado entre a IP, a CP – Comboios de Portugal e a Câmara de Matosinhos, as obras de adaptação da Linha de Leixões a passageiros têm de estar terminadas “em meados de dezembro”. O apeadeiro do Hospital São João, a construir no âmbito da reabertura a passageiros da linha circular ferroviária do Porto, ficará a 350 metros do hospital e terá dois abrigos, consultou a Lusa.
O apeadeiro ficará na Rua Bouça da Cavadinha, no lado norte da Circunvalação, já em São Mamede de Infesta (Matosinhos), mas a 350 metros e cinco minutos a pé da entrada do Hospital São João, no Porto, segundo o Google Maps. O apeadeiro contará com dois abrigos-tipo de betão da IP, e o desenho do projeto inclui ainda uma paragem de autocarro junto ao futuro apeadeiro.
Já o apeadeiro de Arroteia, nas imediações da Efacec, em Leça do Balio (Matosinhos), ficará situado precisamente na Rua da Arroteia, junto ao Parque C da Efacec e à zona industrial adjacente à Rua D. Frei Gonçalo Pais, mas contará com apenas um abrigo. Os acessos aos apeadeiros serão construídos pela Câmara de Matosinhos, no âmbito do protocolo com a CP e a IP, homologado pelo anterior secretário de Estado Adjunto e das Infraestruturas, Frederico Francisco.
“Para cumprir com o estipulado no protocolo celebrado entre a IP, Câmara Municipal de Matosinhos e CP, estas duas novas localizações terão de estar dotadas de plataforma de passageiros até meados de dezembro de 2024”, pode ler-se nos documentos a que a Lusa teve acesso. As paragens previstas para a linha ferroviária circular do Porto, usada atualmente só para mercadorias, são Campanhã, Contumil, São Gemil, Hospital São João, São Mamede de Infesta, Arroteia e Leça do Balio.
A linha servirá o polo universitário da Asprela no apeadeiro do Hospital São João, ou polos industriais como a Arroteia (próximo à Efacec) ou Leça do Balio (próximo à Lionesa e Unicer). “O serviço de passageiros caracteriza-se pela implementação de dois comboios por hora e sentido”, sendo que “atualmente a IP garante que um dos comboios seja o prolongamento de Ovar e o outro tenha origem/términus no Terminal Minho e Douro da estação de Porto-Campanhã”, segundo o protocolo, podendo ambos ser oriundos da Linha do Norte no futuro.
Para já, a reabertura da Linha de Leixões far-se-á apenas até Leça do Balio, ficando a faltar o percurso na sua totalidade até Leixões (Senhor de Matosinhos), ligando ao Metro do Porto, STCP, Unir e futuro ‘metrobus’, algo a ser estudado “numa segunda fase”. Por estação, a procura anual estimada é de 502 mil passageiros por ano para Campanhã, 24,5 mil para Contumil, 123 mil para São Gemil, 444 mil para o Hospital São João, 132 mil para São Mamede de Infesta, 115 mil para a Arroteia e 49 mil em Leça do Balio.
O serviço de passageiros na Linha de Leixões foi interrompido em 2011, após reabertura em 2009 a partir de Ermesinde e sem bilhética Andante. A linha está inserida numa malha urbana de forte crescimento populacional da Área Metropolitana do Porto, abrangendo parte dos concelhos do Porto, Valongo, Maia e Matosinhos.
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