Braço-de-ferro. Pedro Nuno insiste que só viabiliza OE2025 sem IRS Jovem e IRC
Depois de Montenegro dizer quer era impensável deixar cair o IRC Jovem, Pedro Nuno diz que se o Governo quer a viabilização socialista do Orçamento do Estado não pode incluir essa medida nem a do IRC.
O secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, insistiu esta sexta-feira que se o Governo quer contar com a viabilização pelo PS do Orçamento do Estado para 2025 (OE2025) as propostas do IRS Jovem e IRC não podem integrar a proposta orçamental e o Executivo deve procurar outros parceiros.
“Se um Orçamento terá de contar com a viabilização do PS então não pode ter determinadas medidas. São injustas, são caras. Não podem ter apoio do PS. Se o Governo entende que são imprescindíveis para a sua estratégia não pode é impô-las ao PS“, disse esta tarde em declarações aos jornalistas, transmitidas pela RTP3.
O líder socialista defendeu que se o Executivo “se limitou a si próprio, então tem a obrigação de ceder ao PS em matérias fundamentais para o PS”.
“Não nos queremos substituir ao Governo, há matérias que são muito negativas para o país e que não podem ter a concordância do PS. A preocupação que temos de ter não é a preocupação de ter ou não ter Orçamento”, disse.
Para o primeiro-ministro, Luís Montenegro, é “impensável” deixar cair a descida do IRS Jovem tal como foi proposta pelo Governo, revelou fonte do Executivo ao jornal Observador e que o ECO já confirmou junto do Governo. “Não abdicamos de ter um IRS Jovem na linha daquilo que apresentámos”, assegurou ao ECO fonte do Executivo da Aliança Democrática, reforçando a tese que o vice-presidente do grupo parlamentar Hugo Carneiro já tinha transmitido ao ECO. “O Governo não vai deixar cair o IRS Jovem, mas está disponível para modelar a proposta, sem a desvirtuar”, sinaliza ao ECO fonte do Executivo.
O secretário-geral socialista defendeu ainda que “é fundamental que este Orçamento do Estado tenha uma grande preocupação com saúde e com o SNS“, considerando que é preciso atrair mais médicos para o SNS, através de salários mais altos e melhores condições.
“Se sentimos falta de médicos no SNS, temos de garantir que os médicos portugueses se sentem devidamente compensados, motivados para trabalhar no SNS”, disse.
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