Custos das empresas com salários sobem mais em Portugal do que média da UE
Custos das empresas com salários cresceram 5,1% na União Europeia no segundo trimestre. Já em Portugal, a subida foi superior a 7%, mostram os dados do Eurostat.
Os custos das empresas portuguesas com salários aceleraram no segundo trimestre do ano e superaram mesmo a média da União Europeia. Segundo os dados divulgados esta segunda-feira pelo Eurostat, também nos outros custos (nomeadamente, imposto e contribuições sociais), Portugal ultrapassou a média comunitária.
Comecemos pelo retrato do Velho Continente. Segundo o destaque publicado esta segunda-feira pelo gabinete de estatísticas, entre abril e junho, os custos do trabalho por hora subiram 4,7% na Zona Euro e 5,2% na União Europeia, face ao mesmo período do ano passado.
Esses custos agregam duas componentes: o que é despendido em salários e os outros gastos, como impostos e contribuições sociais. No segundo trimestre, os custos com salários aumentaram, em termos homólogos, 4,5% na Zona Euro e 5,1% na União Europeia, enquanto os outros custos subiram 5,2% e 5,4%, respetivamente.
Já em Portugal, os custos das empresas com salários aumentaram 7,2% entre abril e junho, face há um ano. E os outros custos subiram 7,1%. No total, os custos do trabalho cresceram, então, 7,2% em Portugal.
Em qualquer um desses três indicadores, Portugal não só verificou uma aceleração face à subida que tinha registado no arranque do ano, como ultrapassou a média comunitária e da área da moeda única.
Portugal manteve-se, ainda assim, longe do topo da tabela. No segundo trimestre, os custos salariais dispararam, em termos homólogos, 17,6% na Croácia, 15,5% na Bulgária e 15% na Roménia, tendo sido estas as subidas mais acentuadas entre os vários Estados-membros.
Em contraste, os custos salariais subiram “apenas” 2,5% na Bélgica, no segundo trimestre. Na Finlândia, o aumento foi de 2,9%, e na Suécia o aumento foi de 3,3%. Estas foram as subidas menos expressivas do bloco comunitário.
Para 2025, vários estudos já sinalizaram que os salários deverão abrandar, pelo que é expectável que os custos das empresas com os ordenados também não cresçam tanto como este ano.
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