Hoje nas notícias: incêndios, lítio e corrupção
Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.
A reforma das florestas levada a cabo na sequência dos grandes incêndios de 2017 teve bons resultados, mas as metas para 2030 estão a falhar, sobretudo no cuidado dos espaços rurais. Liga dos Bombeiros Portugueses, autarcas e comandantes denunciam falta de apoio nos incêndios por parte de equipas de concelhos vizinhos, resultante da nova organização da Proteção Civil em comandos sub-regionais, em vez de distritais. Conheça as notícias em destaque na imprensa nacional esta quarta-feira.
Reforma florestal derrapou e falha no cuidado dos espaços rurais
O plano de ação que levou à reforma de 2017/2018 permitiu a aposta na prevenção e reduziu o flagelo dos fogos. No entanto, está a falhar as metas previstas para 2030. Apesar dos bons resultados, a agência nacional que coordena e monitoriza as ações de combate e de prevenção (AGIF) do Sistema de Gestão Integrada dos Fogos Rurais (SGIFR) fazia um aviso severo há dois anos: “Estamos apenas a ganhar tempo. Temos de tomar mais medidas já”, em especial no que toca a “cuidar dos espaços rurais”, que incluem operações sensíveis como a limpeza das matas, a proteção das imediações dos espaços urbanos ou a intervenção na gestão da paisagem.
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Falhas no comando impediram ajuda de bombeiros a concelhos vizinhos
A organização no combate aos fogos nos últimos dois dias, especialmente a reforma da Proteção Civil em comandos sub-regionais e não distritais, está a ser alvo de críticas de parte a parte. A Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP), por exemplo, diz que esta forma de organização levou a que não tivesse sido dado apoio em Vila Real e Viseu, quando havia equipas paradas nos concelhos vizinhos, enquanto um comandante em Vila Pouca de Aguiar também denunciou que havia bombeiros parados no concelho vizinho de Vila Real que não deram apoio por falta de articulação.
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Crise na Northvolt lança novas dúvidas sobre refinaria de lítio
A crise na Northvolt, que viu o Governo da Suécia recusar um resgate financeiro para ajudar a equilibrar as contas da empresa, deixa no ar dúvidas sobre eventuais consequências para a construção da refinaria de lítio em Setúbal, prevista para 2028 e na qual a gigante sueca de baterias elétricas faz parceria com a Galp. A petrolífera portuguesa garante que o projeto continua a andar, mas ainda sem decisão final de investimento, mas os receios crescem quanto à Northvolt após esta ter anunciado milhares de despedimentos e o possível adiamento de novas fábricas. “Há um projeto potencial de construção de uma refinaria de lítio em Portugal que poderá ser descartado ou adiado”, afirmou Andy Leyland, cofundador da empresa especialista em cadeias de abastecimento do lítio SC Insights, citado pela Reuters.
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Campanha do PSD para as eleições regionais de 2023 sob suspeita
A “Operação Ab Initio”, levada a cabo pela Polícia Judiciária (PJ) na Madeira, resultou na terça-feira na detenção do ex-secretário regional da Agricultura, Humberto Vasconcelos; do presidente da Câmara da Calheta, Carlos Teles; do antigo diretor regional da Agricultura, Paulo Santos; de dois funcionários públicos; e ainda dos empresários Humberto Drumond e Miguel Nóbrega, da Dupla DP. Em causa estão contratos públicos realizados por diferentes organismos e autarquias com esta empresa privada, no âmbito da campanha eleitoral para as eleições regionais de setembro de 2023, existindo suspeitas de “simulação de procedimentos e de empolamento de custos nos procedimentos adjudicados de forma a saldar dívidas de um partido político resultantes de campanha eleitoral”.
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Oi pede devolução de 14 milhões de euros ao Fisco
A ex-Portugal Telecom SGPS, atual Pharol, avançou no final de agosto com um processo de impugnação no valor de 13.644.583,23 euros contra a Autoridade Tributária e Aduaneira (AT). Trata-se, porém, de um processo da Oi que a Pharol, segundo o acordado, tem de subscrever a pedido da operadora brasileira, e não dos processos fiscais que a Pharol tem interposto contra o Fisco por impostos cobrados antes de 2014 e que têm sido em grande parte favoráveis à empresa portuguesa.
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