Depósitos a prazo sobem pelo 12.º mês para 107,3 mil milhões

As poupanças aplicadas em depósitos a prazo aumentaram quase mil milhões de euros em agosto. Stock aumenta há um ano e renova recorde.

Os depósitos a prazo continuam a captar o interesse das famílias portuguesas, apesar de a remuneração ser cada vez mais baixa. O montante aplicado neste produto de poupança tradicional aumentou pelo 12.º mês consecutivo e renovou um novo recorde acima dos 107,3 mil milhões de euros.

Em agosto, o stock de depósitos a prazo de particulares (que incluem os depósitos com prazo acordado e os depósitos com pré-aviso) aumentou 988,7 milhões de euros, de acordo com os dados divulgados esta quinta-feira pelo Banco de Portugal.

Este aumento dá-se numa altura em que os bancos continuam a baixar a remuneração dos depósitos em função dos cortes das taxas de juro do Banco Central Europeu (BCE). Em julho, a taxa das novas aplicações a prazo caiu para 2,63%, mantendo a tendência de queda que se verifica desde que atingiu o pico acima dos 3% em dezembro.

Estes dados mostram que os depósitos continuam a ser a solução de poupança preferida dos aforradores portugueses. A alternativa aos depósitos seriam os Certificados de Aforro, mas a taxa de juro base de 2,5% ainda continua aquém da remuneração oferecida pela generalidade da banca.

Depósitos a prazo continuam a subir

Fonte: Banco de Portugal

Férias tiram 700 milhões dos depósitos

No final de agosto, os bancos guardavam 188,3 mil milhões de euros de poupanças das famílias, tratando-se de uma redução de 700 milhões em relação ao mês anterior. Foi a primeira queda mensal desde agosto do ano passado.

Apesar do aumento de quase mil milhões nas aplicações a prazo, registou-se uma queda de 1,7 mil milhões nos depósitos à ordem, o que poderá estar associado ao facto de agosto ser o mês de férias para a maioria dos portugueses.

Já o stock de depósitos de empresas totalizava os 66,5 milhões de euros no final do mês passado, o que corresponde a um aumento de 2,8 mil milhões face ao mês anterior. O Banco de Portugal nota que foi o maior aumento desde setembro de 2010.

(Notícia atualizada às 11h32)

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