Empréstimos da casa voltam a superar os 100 mil milhões

Stock de empréstimos à habitação aumentou 513,5 milhões em agosto. Superou novamente a fasquia dos 100 mil milhões de euros, atingindo o valor mais elevado desde abril de 2015.

O mercado de crédito à habitação continua a recuperar depois da “crise” marcada pela escalada das taxas de juro. O stock de empréstimos da casa superou novamente a fasquia dos 100 mil milhões de euros, atingindo o valor mais elevado desde abril de 2015.

No final de agosto, o montante de financiamentos dos bancos para a compra de casa totalizava os 103,4 mil milhões de euros, o que corresponde a um aumento de 513,5 milhões em comparação com o mês anterior, de acordo com os dados divulgados pelo Banco de Portugal esta quinta-feira.

Há sete meses que sobe, depois de um período de mais de um ano de contração, por conta do impacto do agravamento do custo do crédito.

Crédito à habitação retoma

Fonte: Banco de Portugal

A retoma do mercado surge num momento em que as taxas Euribor estão em queda acentuada e dão um maior incentivo para quem quer comprar casa com recurso a financiamento bancário. A expectativa é que as Euribor — que servem de base para o cálculo da prestação nos contratos com taxa variável — continuem em tendência decrescente nos próximos meses, acompanhado o desaperto da política monetária do Banco Central Europeu (BCE).

Já o montante de empréstimos ao consumo aumentou 137 milhões de euros relativamente a julho, totalizando dos 22 mil milhões de euros.

No que toca às empresas, o stock de crédito caiu 637 milhões em agosto para 72,3 mil milhões.

O supervisor detalha que as grandes empresas e as microempresas tiveram taxas de variação anual positivas (2,1% e 5,7%, respetivamente), enquanto as pequenas e médias empresas continuaram a registar taxas negativas (-2,8% e -5,4%, respetivamente).

Por setor de atividade, o setor da construção e atividades imobiliárias tiveram uma variação anual positiva de 3,9% em agosto. Já o setor das indústrias e eletricidade e o setor do comércio, transportes e alojamento apresentaram taxas de variação anual negativas de -1,7% e -1,6%, respetivamente.

(Notícia atualizada às 12h09)

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