Especialistas defendem reforço do Banco de Fomento para impulsionar indústria
Especialistas estão a desenvolver estudo para um novo quadro estratégico de política industrial para Portugal, que incluem apostar em investimentos com prazos mais longo.
Reforçar o Banco Português de Fomento (BPF) de modo a superar lacunas de financiamento das empresas industriais portuguesas e mudar de mentalidade para maior ambição empresarial. São estas duas das recomendações de Ha-Joon Chang e Antonio Andreoni, professores catedráticos de Economia na SOAS Universidade de Londres, que estão a desenvolver um estudo para um novo quadro estratégico de política industrial para Portugal e que participaram esta quinta-feira numa conferência sobre o tema, em Lisboa.
O estudo ainda está a ser desenvolvido, mas os autores traçam um retrato dos principais desafios da política industrial portuguesa e defendem que é preciso olhar para este tema de “forma diferente”.
Segundo Ha-Hoon Chang, as empresas portuguesas têm pouca escala e têm receio de falhar nas armadilhas da transformação, defendendo uma das chaves é “mudar de mentalidade” para que a “política industrial portuguesa deve ser mais ambiciosa”. Neste sentido, considera que é importante redesenhar incentivos.
Para superar lacunas de financiamento para as empresas, Antonio Andreoni sugere “apostar em investimentos com prazos mais longo ou elevada materialidade através de empréstimos de desenvolvimento e especializados”. Para isso, recomenda “reforçar o Banco Português de Fomento para desenvolver capacidades especializadas de financiamento de investimento”, ao invés do financiamento bancário.
Propõe ainda “criar um fundo especializado e um programa adaptado para incentivar e permitir o desenvolvimento de capacidades de gestão e a difusão de novos modelos de negócios“, bem como criar “novas rotas para compradores e mercados” e “expandir as Agendas Mobilizadoras e condicionar o acesso a outros financiamentos e serviços ao desenvolvimento de ligações” entre empresas e “desenvolver um mercado digital para as PME mostrarem as suas capacidades/ofertas”.
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