CCP pede aos partidos para viabilizarem OE2025

CCP cita as sondagens para defender que a "eventual realização de novas eleições, em resultado de uma crise política aberta pela não aprovação do OE2025, resultaria numa situação de impasse".

A Confederação do Comércio e Serviços de Portugal (CCP) pede aos partidos que aprovem a proposta de Orçamento do Estado para 2025. Com o PS a decidir na segunda-feira o seu sentido de voto e o Chega e o PAN já decididos a votar contra, a confederação liderada por João Vieira Lopes pede aos partidos que “coloquem o interesse nacional acima das táticas políticas”, tendo em conta a atual “conjuntura económica do país” e os “desafios que vivem as empresas”.

“Acreditando que a previsibilidade e a estabilidade desejadas pelo tecido empresarial passam necessariamente por essa aprovação, a CCP apela a todas as forças políticas — e especialmente àquelas que têm garantido a governabilidade do país — para que coloquem o interesse nacional acima de circunstanciais ganhos políticos próprios, e tudo façam para assegurar os compromissos necessários na Assembleia da República para a aprovação de um Orçamento de Estado para 2025, mesmo que isso signifique não se reverem totalmente no documento”, defende a CCP num comunicado.

A CCP cita as mais recentes sondagens para defender que a “eventual realização de novas eleições, em resultado de uma crise política aberta pela não aprovação do OE2025, resultaria numa situação de impasse que não garantiria qualquer maioria estável“.

Invocando a necessidade de estabilidade para cumprir os objetivos definidos no novo Acordo Tripartido assinado na Concertação Social, nomeadamente o aumento salarial de 4,7%, a CCP diz que é “condição necessária que os partidos com representação parlamentar entendam a necessidade de contribuir para a governabilidade do país”.

Contudo, a Confederação Empresarial de Portugal (CIP) já está a condicionar os aumentos salariais de 4,7% previstos no acordo a “novas medidas”. Em entrevista ao Jornal de Negócios e Antena 1, Armindo Monteiro sublinhou que o “referencial de crescimento da economia, para atingir os 75% da média europeia, tem de ser 3,2% já em 2025”.

“Pelas projeções, já não está a acontecer esse aumento de produtividade. Temos de materializar novas medidas para que o crescimento seja maior”, disse o presidente da CIP, considerando “anémico” o crescimento de 2,1% previsto na proposta de Orçamento do Estado para 2025.

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