Três principais taxas do crédito da casa já estão abaixo dos 3%
Euribor a três meses também já está abaixo dos 3%. Taxas do crédito da casa vão continuar a descer em linha com o alívio da política monetária do banco central.
As três principais taxas que servem de base para o cálculo da prestação da casa já estão abaixo dos 3%, em reflexo do alívio da política monetária do Banco Central Europeu (BCE). São boas notícias para as famílias com crédito à habitação, que nos últimos três anos sofreram com um forte agravamento dos encargos com o empréstimo e estão agora ter um alívio no bolso.
A Euribor a três meses foi o último indexante a baixar da fasquia dos 3%, com o recuo desta sexta-feira para os 2,998%, quando ainda há cerca um ano estava a superar a barreira dos 4%, batendo máximos de 15 anos.
Quanto aos outros prazos, a Euribor a seis meses já havia caído para menos de 3% no dia 21 de outubro e está agora nos 2,748%, enquanto a taxa no prazo a 12 meses atingiu essa marca em setembro e fixou-se hoje nos 2,475%.
As Euribor são calculadas diariamente por um conjunto de bancos da Zona Euro nos empréstimos que fazem entre si e refletem as perspetivas dos mercados para as taxas oficiais do BCE. São amplamente usadas por cá nos contratos da casa com taxa variável ou mista, que representam cerca de 90% do mercado.
Depois de um forte aperto nos últimos três anos para travar a escalada da inflação, o banco central já inverteu o rumo da sua política no verão passado, tendo já promovido três cortes de 25 pontos base nas taxas diretoras desde junho, o último dos quais em outubro. Mais cortes estão aí ao virar da esquina. Com a inflação praticamente no objetivo e a economia a desacelerar, o BCE vai continuar a desapertar a sua política nos próximos meses rumo a taxas neutrais que os mercados consideram que se situarão entre os 2% e os 2,5%.
Os economistas esperam que o BCE venha a cortar os juros a um ritmo de 25 pontos base nas próximas três reuniões do conselho de governadores e os mercados apontam para uma baixa mais agressiva de 50 pontos base já na reunião de dezembro.
Mário Centeno, governador do Banco de Portugal e membro do conselho de governadores, é a favor de uma descida mais acelerada das taxas do BCE devido à ausência de uma retoma da economia da região e da acumulação de riscos. Mas nem todos estão de acordo com a visão do governador português.
De qualquer forma, para as famílias com crédito da casa, a descida das Euribor representa um alívio nos seus orçamentos, pois vão passar a pagar menos pela prestação da casa. Isso já tem acontecido nos últimos meses. Em novembro, de resto, para os contratos que foram revistos, a fatura mensal do empréstimo baixou entre 45 euros e 130 euros para financiamentos de 150 mil euros. A tendência vai acentuar-se no próximo ano.
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