Viagens ao estrangeiro por residentes sofrem primeira queda em três anos
Dados do INE mostram que a procura turística dos residentes em Portugal continuou a decrescer no segundo trimestre do ano.
A procura turística dos residentes em Portugal voltou a cair no segundo trimestre, com as viagens para o estrangeiro a registarem a primeira queda em três anos, mostram os dados divulgados esta segunda-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).
O número de viagens realizadas por residentes entre abril e junho diminuiu 13,4% face ao período homólogo, para 4,9 milhões de viagens no total, mantendo a tendência de queda, após a descida de 7,8% no primeiro trimestre.
Segundo o gabinete de estatística, as viagens em território nacional, que representaram 83,7% do total de deslocações, registaram uma diminuição de 15,4%, para cerca de 4,1 milhões de deslocações.
Enquanto isso, as viagens para o estrangeiro registaram o primeiro decréscimo desde o segundo trimestre de 2021, com uma queda de 1,5%, totalizando 799,9 mil viagens.
O INE explica que a principal motivação para viajar no segundo trimestre em território nacional foi “lazer, recreio ou férias”, estando na origem de cerca de 2,4 milhões de viagens dos residentes, seguido da “visita a familiares ou amigos”, que originou 1,9 milhões de viagens.
No que toca às estadias, “hotéis e similares” concentraram 26,4% das dormidas (4,6 milhões) resultantes das viagens turísticas dos residentes no segundo trimestre de 2024, sendo superados pelo “alojamento particular gratuito”, que se manteve como a principal opção de alojamento (58,3% das dormidas), ao acolher 10,1 milhões de dormidas nas viagens de residentes.
No segundo trimestre, cada viagem teve uma duração média de 3,52 noites, o que representa uma pequena subida face ao segundo trimestre do ano passado, onde a média fixou-se nas 3,36 noite. A duração média mais longa foi registada em junho (3,98 noites; 3,84 em junho de 2023) e a mais baixa em abril (3,19 noites; 3,17 em abril de 2023).
Além disso, 21,9% dos residentes fizeram pelo menos uma deslocação turística, o que representa uma descida 2,7 pontos percentuais face ao mesmo período do ano anterior.
O INE destaca que os resultados apresentados “terão sido influenciados pela estrutura móvel do calendário, ou seja, pelo efeito do período de férias associado à Páscoa, que no ano anterior se concentrou em abril (segundo trimestre), enquanto este ano se repartiu entre março (primeiro trimestre) e abril (segundo trimestre)”.
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