Fábrica de unicórnios abre Greenhub em Lisboa virado para promover cidades sustentáveis

O hub, o terceiro a abrir em Lisboa sob a égide da fábrica de unicórnios, é dedicado à sustentabilidade e mobilidade. Critical Software, grupo Brisa e Mota-Engil Renewing são parceiros estratégicos.

Depois de um hub dedicado aos jogos e da abertura em maio do hub de web3 em Alvalade, a Unicorn Factory acaba de inaugurar o Greenhub, no edifício da Critical Software, dedicado aos temas da sustentabilidade e mobilidade. Até ao final do ano, deverá surgir o AIHub, focado na inteligência artificial.

“Este hub é na área da sustentabilidade e mobilidade, áreas em franca expansão, onde quer empresas, governos, quer os consumidores, têm vindo a reforçar cada vez mais atenção e pôr muito foco”, justifica Gil Azevedo, diretor executivo da Unicorn Factory Lisboa, ao ECO.

É um setor que já está e vai atrair cada vez mais investimento a nível europeu, até por todas as regulações em curso nesta área. Portugal e Lisboa têm a oportunidade de criar uma comunidade forte, por forma a conseguir capturar uma parte relevante desse investimento, e que seja relevante a nível internacional e possa atrair projetos internacionais (a juntarem-se) aos projetos portugueses”, aponta. Ou seja com o GreenHub o objetivo é, “juntar as startups com investidores, com empresas e com as universidades e desta forma, criar inovação”, sintetiza e, ao mesmo tempo, promover cidades mais sustentáveis.

O edifício da Critical Software em Lisboa, na zona de Entrecampos, foi o espaço escolhido para acolher este hub. Gil Azevedo explica a opção. “Sendo a Critical uma empresa portuguesa e líder nesta área da mobilidade, fez-nos todo o sentido associarmo-nos ao edifício deles e também, mais uma vez, entrar na lógica dos bairros de inovação, fazendo (este hub) parte do Saldanha Innovation District”, diz.

É um setor que já está e vai atrair cada vez mais investimento a nível europeu, até por todas as regulações em curso nesta área. Portugal e Lisboa têm a oportunidade de criar uma comunidade forte, por forma a conseguir capturar uma parte relevante desse investimento, e que seja relevante a nível internacional.

O espaço com 600 metros quadrados, conta já no arranque com 16 empresas e 110 trabalhadores. Tem nove salas privadas (55% já ocupadas) e um espaço de coworking para mais 12 pessoas. Ao todo são cerca de 70 postos de trabalho disponíveis, adianta. Tem ainda um lounge para a realização de eventos, sessões de networking e workshops.

Além da Critical Software, o hub tem como parceiros estratégicos o grupo Brisa e a Mota-Engil Renewing. “Mas o projeto acaba por estar aberto a toda a comunidade empresarial que procura e queira também associar-se à inovação nestes verticais de sustentabilidade ou de mobilidade”, destaca. “Já temos várias conversas de várias empresas interessadas a também ir acompanhando e fazer parte desta comunidade”, acrescenta.

O Greenhub conta ainda com a parceria com a Cleantech for Iberia — organização Ibérica de promoção da inovação em sustentabilidade, apoiada pela Breakthrough Energy fundada por Bill Gates —, assim como com o Clean Energy Accelerator da Amazon Web Services. Este terá a sua primeira base física para acolher os empreendedores que participem no acelerador, onde poderão desenvolver e testar as suas soluções a partir de Lisboa.

Quarto hub até final do ano

Depois do gaming hub e web3 hub, projetos que já contam com 98 empresas e 438 pessoas, o GreenHub é o terceiro hub temático a abrir em Lisboa sob o chapéu da fábrica de unicórnios no espaço de dois anos, numa área onde têm vindo a apostar.

Este ano a Unicorn Factory lançou o “Clean Future”, um programa de aceleração para startups na área da sustentabilidade ambiental, em conjunto com outras três cidades: Helsínquia (Finlândia), San Sebastián (Espanha) e com Marselha (França). “Uma área que acreditamos que pode ter peso na sociedade e que, potencialmente pode evoluir para um hub“, adiantava em maio Gil Azevedo ao ECO. Intenção que agora se concretizou.

E até ao final do ano espera-se a abertura do dedicado à inteligência artificial, a nascer na zona de Alvalade. As parcerias com o Google e Microsoft para este novo hub são já conhecidas.

“Estamos a trabalhar mais num conjunto de parcerias, uma vez mais, exatamente com o mesmo objetivo: criar uma comunidade relevante e com escala que possa posicionar Lisboa e o país, para conseguirmos ser relevantes a nível internacional”, disse em maio Gil Azevedo.

Em dois anos de operações, a Unicorn Factory Lisboa já ajudou centenas de startups e scaleups a escalarem, através do programa de “Scaling Up”, tendo vindo nesse período vindo a instalar-se mais de 70 empresas tecnológicas em Lisboa, criando cerca de 15 mil vagas de emprego, e 13 unicórnios abriram escritório na cidade. O mais recente foi o norte-americano Interable.

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