Descida de 1% do IRC é um “bom sinal” mas não chega, defendem banqueiros
Baixa de 1% do IRC só pode ser considerado positivo "se for interpretado com um sinal", referiu líder da Caixa. Banqueiros defendem maior consistência na redução fiscal sobre famílias e empresas.
A descida de 1 ponto percentual do IRC, como prevê o Orçamento do Estado para o próximo ano, é “um bom sinal”, mas a redução fiscal deve ser maior, defendem os líderes dos principais bancos em Portugal.
“Pessoalmente acho que é importante baixar a carga fiscal. 1% [um ponto percentual de baixa do IRC] só é positivo se for interpretado como um sinal”, referiu Paulo Macedo, presidente da Caixa Geral de Depósitos (CGD), na conferência Money Summit, organizada pela EY. “Se virmos que há uma redução da carga fiscal, (…) temos um conjunto de medidas e efeitos na economia que podem gerar uma onda otimista, e uma melhoria para o rendimento das famílias, designadamente dos jovens“, referiu.
Pedro Castro e Almeida considera que há três “bons sinais” no Orçamento do Estado: contas públicas equilibradas, IRS Jovem e a redução do IRC. Porém, “falta uma agenda de crescimento” e retirar burocracia na Administração Pública, acrescentou o CEO do Santander Totta.
Para Pedro Leitão, do Banco Montepio, a proposta orçamental traz “bons sinais no que diz respeito a libertar dinheiro”, seja no IRS Jovem ou atualização dos escalões e no IRC. “O sinal é importante, temos de começar por algum lado”, sublinhou o gestor considerando que se deve “tornar consistente” o alívio fiscal.
“Saímos do jardim escola”, ironiza líder do BPI
Do lado do BPI, João Pedro Oliveira e Costa disse estar um “bocadinho mais contente” com a aprovação do Orçamento do Estado pois permitiu dar “um passo em frente” e abandonar o “jardim escola” em que se havia transformado a discussão em torno do assunto.
“O Orçamento do Estado é o possível, com um Governo minoritário”, disse o gestor, frisando que importa agora executá-lo “com uma visão de crescimento”.
João Pedro Oliveira e Costa considerou que Portugal está perante uma oportunidade como nunca teve nas últimas três décadas para crescer, apontando o foco a três grandes temas: habitação, infraestruturas e desburocratização.
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