Bancos sujeitos a obrigações que “vão muito além do que um privado devia ter”
Luís Ribeiro, administrador do Novobanco, queixou-se da exigência regulamentar que recai sobre a banca, ao nível da cibersegurança, em comparação com outros setores, como as comunicações eletrónicas.
Luís Ribeiro, administrador do Novobanco, queixou-se esta quarta-feira do nível de exigência regulamentar relativa a cibersegurança que recai sobre os bancos em comparação com outros setores.
O responsável deu como exemplo o setor das comunicações eletrónicas, sugerindo mesmo que, face ao volume de burlas que se verifica atualmente, “se calhar era bom” obrigar a identificação de qualquer cidadão que adquira um cartão de telemóvel.
“Hoje os bancos têm um conjunto de obrigações de primeira linha”, ao nível da cibersegurança, que “vão muito além das obrigações que uma instituição privada devia ter”, opinou o responsável na 4.ª edição da conferência New Money, promovida pelo ECO e pelo escritório de advogados Morais Leitão, que se realizou esta quarta-feira em Lisboa.
Então, o administrador notou que “há obrigações” que os reguladores “passam para os bancos e não passam para outros tipos de entidades”, fazendo da banca a “primeira linha da polícia”. “Se calhar era bom que obrigássemos quem compra um cartão SIM a que se identificasse”, sugeriu, numa altura em que aumentam as fraudes com mensagens e chamadas telefónicas.
O administrador do Novobanco esclareceu que o argumento não é menos regulação na banca, mas falta dela noutros setores igualmente críticos: “Isto não é contra a regulação no setor financeiro. É contra a falta de regulação noutros setores”.
(Notícia atualizada a 7 de novembro, às 12h10, para clarificar que as declarações do administrador do Novobanco referem-se, especificamente, à área da cibersegurança)
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