Consulado-geral em Maputo cria canal de comunicação direta à comunidade portuguesa

  • Lusa
  • 7 Novembro 2024

O grupo na rede social Whatsapp foi criado "para disponibilizar um canal de comunicação direta adicional" para a comunidade portuguesa no país.

O Consulado-Geral de Portugal em Maputo criou um grupo na rede social Whatsapp “para disponibilizar um canal de comunicação direta adicional”, tendo em conta a “atual situação de instabilidade” em Moçambique, disse esta quinta-feira à Lusa fonte diplomática. “Este canal é exclusivamente destinado à comunidade portuguesa na área de jurisdição do Consulado-Geral para contactos em contexto de situações de crise”, explica o Consulado-Geral.

A divulgação da criação do grupo foi feita na página do Consulado-Geral na rede social Facebook e na mensagem publicada são recordados tanto o número de emergência do Consulado-Geral – +258 843987647 –, como os números de emergência disponíveis e o endereço eletrónico gec@mne.pt do Gabinete de Emergência Consular: +351 217 929 714 (atendimento 24 horas) e ainda o +351 961 706 472.

O anúncio pela Comissão Nacional de Eleições (CNE) de Moçambique, em 24 de outubro, dos resultados das eleições de 09 de outubro, em que atribuiu a vitória a Daniel Chapo, apoiado pela Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo, partido no poder desde 1975) na eleição a Presidente da República, com 70,67% dos votos, espoletou protestos populares, convocados pelo candidato presidencial Venâncio Mondlane.

Segundo a CNE, Mondlane ficou em segundo lugar, com 20,32%, mas este afirmou não reconhecer os resultados, que ainda têm de ser validados e proclamados pelo Conselho Constitucional. Após protestos nas ruas que paralisaram o país, Mondlane convocou novamente a população para uma paralisação geral de sete dias, desde 31 de outubro, com protestos nacionais e uma manifestação concentrada em Maputo convocada para esta quinta.

Esta quinta-feira cumpre-se o oitavo dia de paralisação e manifestações em todo o país, com a generalidade a levar à intervenção da polícia, que dispersa com tiros e gás lacrimogéneo, enquanto os manifestantes cortam avenidas, atiram pedras e incendeiam equipamentos públicos e privados.

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