Parque eólico da Endesa no Pego tem luz verde
Na fase de exploração preveem-se impactes negativos significativos, mas a agência ambiental considera que podem ser mitigados.
O Parque Eólico das Aranhas, que faz parte do projeto da Endesa para a reconversão da central térmica do Pego (cuja geração a carvão encerrou em 2021), já teve a aprovação da Agência Portuguesa do Ambiente, segundo o Expresso.
“A Comissão de Avaliação emite parecer favorável” ao projeto do parque eólico de Aranhas, duas linhas elétricas e uma subestação (que permite a ligação à rede), embora esta aprovação esteja condicionada ao cumprimento dos termos e condições enumerados ao longo do documento, lê-se no parecer da comissão de avaliação da APA.
“Da avaliação desenvolvida salientam-se os impactes positivos a nível nacional, tendo em conta a contribuição do projeto para a diversificação das fontes energéticas do país”, continua a comissão de avaliação. No entanto, “na fase de exploração preveem-se impactes negativos significativos a muito significativos“, concede.
Como exemplo de impacto negativo da exploração, é dado “o carácter visual intrusivo e permanente” sobre a paisagem, em parte candidata a património da UNESCO, assim como o abate de sobreiros e montados, e ainda a afetação de fauna com estatuto de conservação. Neste sentido, limitou-se a construção de aerogeradores, aponta-se a necessidade de compensação da desflorestação, como medidas de mitigação.
Este projeto de parque eólico, assim como as ligações à rede foi desenvolvido com o intuito de dar resposta ao concurso lançado, em setembro de 2021, pelo Ministério do Ambiente e da Ação Climática, com vista à atribuição do ponto de injeção na Rede Elétrica de Serviço Público (RESP) ocupado anteriormente pela Central Termoelétrica a carvão do Pego, que encerrou a atividade nesse mesmo ano.
A Endesa venceu o concurso com um projeto para instalar 365 megawatts-pico (MWp) de energia solar, 264 megawatts (MW) de energia eólica com armazenamento integrado de 168,6 MW, e um eletrolisador de 500 quilowatts (kW) para a produção de hidrogénio verde. O parque recém-aprovado vai ser constituído por 44 aerogeradores, aos quais corresponde uma potência instalada de 244 MW. Terão a capacidade de produzir, a cada ano, 509 gigawatts hora (GWh) de energia limpa.
Assine o ECO Premium
No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.
De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.
Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.
Comentários ({{ total }})
Parque eólico da Endesa no Pego tem luz verde
{{ noCommentsLabel }}