Fábrica da Fusion Fuel parada e incapaz de pagar salários

Empresa de Benavente declarou insolvência na semana passada, justificada pela falha de um investimento no valor de 31 milhões de euros. Há salários e pagamentos a fornecedores em atraso.

A fábrica da Fusion Fuel, em Benavente, que começou a laborar em 2022 e foi oficialmente inaugurada por António Costa em 2023, tem a operação completamente parada após ter declarado insolvência na semana passada. O CEO da tecnológica que fabrica eletrolisadores para projetos de hidrogénio verde, Frederico Figueira Chaves, revelou ao Jornal de Negócios que há pagamentos em atraso, tanto a fornecedores como aos 100 trabalhadores — cujos postos de trabalho estão agora em risco.

A entrada em insolvência da subsidiária portuguesa da empresa irlandesa (cotada em Wall Street) resulta da falha de um investimento de 33,5 milhões de dólares (cerca de 31 milhões de euros), que devia ter sido concretizado até ao fim de outubro. “Não estávamos à espera disto. Estávamos a falar com vários bancos, mas quando fechámos com um novo investidor abandonámos essas conversações. Sem financiamento, a unidade de Portugal não sobrevive“, explica Frederico Figueira Chaves.

Segundo o Jornal Económico, a Fusion Fuel deu entrada no Juízo Central Cível de Lisboa, a 6 de novembro, com um processo contra o investidor Norbert Rudolf Bindner, referido como diretor da Hydrogenial e que estaria interessado na compra de 56 milhões de ações da empresa de Benavente, exigindo-lhe o pagamento de 27 milhões de euros. O CEO da tecnológica portuguesa disse que, se o investidor “cumprir com o contrato”, conseguirão “reduzir muito os danos”, mas “este é o valor máximo se não cumprir o contrato que já se encontra em breach [em falha]”.

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