PPR do Estado ganha quase 5% em 2024 e bate concorrência
Fundo dos Certificados de Reforma contabiliza até ao momento um desempenho superior ao alcançado pela gestão privada dos fundos PPR e dos fundos de pensões com o mesmo nível de risco.
O Fundo dos Certificados de Reforma, popularmente conhecido como PPR do Estado, deverá fechar 2024 com mais um ano de ganhos. Até 15 de novembro, o fundo gerido pelo Instituto de Gestão de Fundos de Capitalização da Segurança Social (IGFCSS) registou uma valorização de 4,9%, consolidando assim os ganhos de 7,73% alcançados em 2023, quando teve o melhor resultado em nove anos.
Este desempenho positivo compara com uma rendibilidade média de 3,7% dos 47 fundos Planos Poupança Reforma (PPR) e dos fundos de pensões abertos da Associação Portuguesa de Fundos de Investimento, Pensões e Património (APFIPP), com um nível de risco considerado semelhante ao PPR do Estado, este ano até 8 de novembro.
O desempenho do Fundo dos Certificados de Reforma reflete-se também na dimensão do seu património. Segundo dados do IGFCSS, o PPR do Estado contabilizava 64,4 milhões de euros em ativos sob gestão até 15 de outubro, ultrapassando o recorde de 58,8 milhões de euros alcançados no final de 2023.
Este crescimento demonstra não só a valorização dos ativos, mas também o aumento no interesse dos investidores por este produto de poupança para a reforma. Os últimos dados conhecidos, relativos a 2023, revelam que o PPR do Estado contava no final do ano passado com mais de dez mil investidores, sendo que 70% dos aderentes eram aforradores ativos, ou seja, que realizam entregas mensais.
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Ações continuam a ser o ativo mais valioso do PPR do Estado
Como tem sido recorrente, as ações continuam a ser o ativo que mais brilha na carteira do PPR do Estado. Apesar de representarem apenas 19% dos ativos sob gestão, a exposição acionista registou uma valorização de quase 30% nos últimos 12 meses até 15 de novembro, oferecendo aos subscritores do Fundo dos Certificados de Reforma ganhos de 5,7% neste período.
Esta exposição ao mercado acionista é conseguida através de oito fundos cotados (conhecidos também como Exchange-Traded Funds, ou somente ETF) que replicam os principais índices bolsistas mundiais, como o S&P 500 dos EUA e o Eurostoxx 50 da Zona Euro. Esta estratégia permite ao PPR do Estado beneficiar do crescimento global dos mercados de ações, mantendo uma diversificação geográfica por um custo reduzido.
Embora as ações tenham sido as estrelas em termos de rendimento, a maioria da carteira do PPR do Estado continua alocada em títulos de dívida pública, em virtude das limitações estabelecidas pelo seu regulamento de gestão, que continuam a oferecer retornos mais modestos.
Segundo dados dos IGFCSS, mais de um quarto do portefólio do Fundo dos Certificados de Reforma está alocado em títulos de dívida nacional, que nos últimos 12 meses valorizaram 7,9%, que se traduziu num ganho de 2% ao PPR do Estado.
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