Greenvolt sai de bolsa após KKR comprar as últimas ações
A Greenvolt deixa a Euronext Lisboa após a KKR adquirir as ações restantes dos pequenos investidores. A CMVM registou a aquisição potestativa, marcando o fim da cotação em bolsa.
A Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) registou esta quinta-feira a aquisição potestativa Gamma Lux Aggregator (uma empresa do private equity norte-americano KKR) sobre as ações da Greenvolt que ainda se encontravam nas mãos dos pequenos investidores, colocando um ponto final na cotação dos títulos da empresa liderada por João Manso Neto.
Esta operação surge na sequência da oferta pública de aquisição (OPA) lançada pela GVK Omega e concluída a 25 de outubro, que resultou na obtenção de 97,64% dos direitos de voto da Greenvolt.
Com o registo desta oferta potestativa, a Gamma Lux Aggregator, uma sociedade de direito luxemburguês, já iniciou a aquisição das restantes 3,8 milhões de ações da Greenvolt, representativas de 2,36% do capital social da empresa, por forma a deter a totalidade do capital da empresa de energias renováveis. Para isso, compromete-se a pagar os acionistas minoritários uma contrapartida de 8,3107 euros por ação, valor idêntico ao oferecido na OPA.
“A contrapartida a pagar por todas as ações-alvo foi transferida da conta bancária aberta junto da Société Générale Luxembourg e encontra-se depositada numa conta bancária aberta junto do Banco Santander Totta, S.A., à ordem dos titulares das ações-Alvo”, destaca a empresa do grupo do KKR no comunicado enviado para a CMVM.
Com esta aquisição potestativa, as ações da Greenvolt são imediatamente excluídas da negociação na Euronext Lisboa. “A aquisição potestativa pela Lux Aggregator das ações-alvo implica, nos termos do disposto no n.º 4 do artigo 195.º do Cód. VM, a exclusão das ações do mercado regulamentado Euronext Lisbon, com efeitos imediatos”, lê-se no comunicado.
Esta situação marca o fim de um capítulo para os investidores que acompanharam a empresa desde a sua entrada em bolsa e reduz ainda mais as opções de investimento no mercado acionista português.
Os investidores que quiserem impugnar a oferta potestativa da KKR tem agora 30 dias para se expressar, mas, segundo Octávio Viana, presidente da ATM – Associação de Investidores, “não parece que faça qualquer sentido fazê-lo.”
A última sessão das ações da Greenvolt em bolsa ficou marcada por uma queda de 0,24%, com os títulos a terminarem a sessão a cotar nos 8,22 euros.
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