Aeroporto Humberto Delgado vai para obras. O que muda?

Contrato com consórcio de construtoras foi assinado esta quarta-feira. Obras de melhoria da infraestrutura vão custar 233 milhões.

A ANA assinou esta quarta-feira o contrato para as obras de melhoria do Aeroporto Humberto Delgado. Com um valor de 233 milhões de euros, a empreitada prevê a construção de uma nova zona de embarque e mais posições de estacionamento de aeronaves.

A obra, que deverá estar concluída em 2027, será realizada por um consórcio que junta a Mota-Engil, uma empresa do grupo Vinci, a Alves Ribeiro e a HCI Construções.

O auto de consignação foi assinado pelo diretor da Vinci para Portugal e Brasil, Thierry Ligonnière, pelo presidente da ANA Aeroportos, José Luís Arnaut, e pelo presidente da Mota-Engil, Carlos Mota dos Santos, numa cerimónia no Aeroporto Humberto Delgado.

A ANA detalha, em comunicado, que as obras incluem:

  • A ampliação do terminal 1 com a construção de uma nova zona de embarque, o Pier Sul, com 33 mil metros quadrados.
  • 10 novas pontes telescópicas de embarque, conhecidas vulgarmente como mangas.
  • 12 novas posições de estacionamento para aviões;
  • Ligação do Pier Central ao Pier Sul e reformulação do atual Pier Central;
  • Reformulação de todo o Busgate Sul.
  • Já este ano foi concluída a repavimentação do Taxiway e remodeladas várias áreas do aeroporto.

O investimento destina-se a “melhorar o conforto, a operacionalidade e o desempenho ambiental do Aeroporto de Lisboa”, afirma o CEO da ANA, Thierry Ligonnière.

Para já, não haverá qualquer aumento da capacidade da infraestrutura, que só acontecerá em futuras obras. Para essas, ao contrário das que agora vão avançar, será necessária a autorização da Agência Portuguesa do Ambiente.

A resolução do Conselho de Ministros prevê que o número de movimentos de aeronaves na Portela aumente de 38 para 45 por hora, elevando o número de passageiros para entre 40 e 50 milhões.

Esta quarta-feira foi também assinado um protocolo com a com a Força Aérea Portuguesa “para disponibilizar a utilização conjunta da placa militar do AT1 [Figo Maduro]”.

“Se dúvidas houvesse da vontade de a Força Aérea estar ao nosso lado, ficaram completamente dirimidas, e por isso hoje estamos aqui, mas também já estamos a dar os passos subsequentes, nomeadamente estamos, em conjunto, a pensar no novo Campo de Tiro da Força Aérea, absolutamente essencial para cumprir os nossos compromissos com a NATO, os nossos compromissos de defesa nacional”, referiu na cerimónia Miguel Pinto Luz, citado pela Lusa.

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