Consumidores “ligeiramente” mais confiantes em novembro. Clima económico atinge máximo de março de 2019
O indicador de clima económico aumentou entre setembro e novembro, atingindo o máximo desde março de 2019.
O indicador de confiança dos consumidores aumentou ligeiramente em novembro, após ter diminuído no mês anterior, e o indicador de clima económico subiu, atingindo um máximo desde março de 2019, de acordo com os dados dos inquéritos de conjuntura publicados esta quinta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).
“O indicador de confiança dos consumidores aumentou ligeiramente em novembro, após ter diminuído no mês anterior.” A evolução do indicador, justifica o INE, “resultou do contributo positivo das opiniões sobre a evolução passada da situação financeira do agregado familiar e das perspetivas de evolução futura da situação económica do país“. Contudo, “as expectativas de evolução futura da situação financeira do agregado familiar e de realização de compras importantes por parte das famílias registaram um contributo negativo”, precisa o instituto de estatística.
“O saldo das perspetivas relativas à evolução futura da situação financeira do agregado familiar diminuiu em novembro, após os aumentos dos dois meses anteriores, de forma ténue em outubro”, escreve o INE.
Os resultados dos “inquéritos de conjuntura às empresas e aos consumidores” indicam que o indicador de confiança dos consumidores melhorou de -14,7 pontos para -14,5 em novembro, depois de uma quebra de quase dois pontos em outubro.
Ao nível das empresas, o indicador de clima económico — sintetiza os saldos de respostas extremas das questões relativas aos inquéritos às empresas — aumentou entre setembro e novembro, atingindo o máximo desde março de 2019. “Os indicadores de confiança aumentaram na construção e obras públicas, nos serviços e no comércio, tendo diminuído ligeiramente na indústria transformadora”, diz o INE.
Só a indústria transformadora mantém a confiança em terreno negativo (passou de -3,7 para -3,9). “A evolução do indicador deveu-se ao contributo negativo das perspetivas de produção, tendo as apreciações relativas aos stocks de produtos acabados e as opiniões sobre a evolução da procura global contribuído positivamente”, detalha o INE. “O saldo das apreciações sobre a procura global aumentou nos últimos dois meses, de forma moderada em novembro, contrariando a diminuição verificada em setembro”, sendo que as opiniões relativas tanto à procura interna como externa recuperaram em outubro e novembro.
Os serviços são a atividade onde a confiança persiste em níveis mais elevados, com “contributo positivo de todas as componentes, perspetivas relativas à evolução da procura, apreciações sobre a atividade da empresa, e opiniões sobre a evolução da carteira de encomendas, mais expressivo no último caso”.
O indicador de confiança da construção e obras públicas também aumentou em outubro e novembro, após ter diminuído em setembro, refletindo o contributo positivo das suas duas componentes (apreciações sobre a carteira de encomendas e perspetivas de emprego). Mas o setor continua a apontar como principal fator limitativo à atividade a dificuldade em recrutar pessoal qualificado, registando-se um aumento no último mês da percentagem de empresas que referiu este obstáculo, depois da diminuição dos dois meses anteriores.
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