Estrangeiros levam UBS a alcançar resultados recorde em Portugal

O banco de investimento suíço fechará as contas de 2024 com um crescimento de dois dígitos em Portugal. O UBS revela que se trata do maior crescimento desde 2013, quando reabriu o escritório no país.

A operação do UBS em Portugal registou um crescimento de dois dígitos em 2024, que permitiu destacar-se entre as outras várias operações do banco suíço na Europa.

Segundo fontes próximas do banco suíço, os resultados alcançados este ano pela equipa liderada por Carlos Santos Lima traduzem-se num crescimento recorde, o mais expressivo desde a reabertura da operação do banco suíço no país em 2013, após ter encerrado a sucursal em 2009.

A sustentar o desempenho positivo das operações em Portugal esteve o bom momento do mercado em geral, que impulsionou as carteiras dos clientes do banco, assim como a realização de operações de venda de empresas no mercado português. No entanto, o principal elemento a impulsionar os resultados do UBS Portugal foi o aumento significativo de clientes estrangeiros residentes em Portugal.

Atualmente, os clientes estrangeiros com residência fiscal em Portugal representam cerca de 50% da carteira de clientes do escritório do banco suíço no país, com perspetivas de aumentarem em 2025. Entre as principais nacionalidades destacam-se investidores do Brasil, EUA, França e de vários países nórdicos, particularmente da Suécia, Dinamarca e Noruega.

Este ano, a operação do UBS em Portugal foi marcada pelo aumento do limite mínimo para novos clientes para 2 milhões de euros, posicionando-se como o banco com os requisitos mais elevados em Portugal. Além disso, o UBS apostou muito no segmento “Next Generation”, trabalhando com as novas gerações de milionários e family offices, assim como junto das mulheres, antecipando uma significativa transferência de riqueza nos próximos anos, tanto para gerações mais novas como particularmente para uma geração de mulheres.

Os resultados deste ano do UBS e do UBS Portugal ficam ainda marcados pela integração do Credit Suisse no UBS, após a derrocada do Credit Suisse em 2023.

Na altura da realização desta operação, o UBS anunciou que o processo de integração do Credit Suisse iria implicar reduções de custos de quase 10 mil milhões de euros até 2026, sendo que a previsão da conclusão da fusão das duas instituições apontava para que fosse realizada até ao final deste ano. No caso das operações em Portugal, a integração do Credit Suisse (que era liderada por Carlos Santos Lima) no UBS consolidou-se a 21 de outubro.

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