CGD, BCP e Novo Banco penhoram 75% da coleção Berardo
Grande parte da coleção Berardo vai ser penhorada pelos principais credores de Joe Berardo. CGD, BCP e Novo Banco querem reaver créditos em torno dos 500 milhões de euros.
A Caixa Geral de Depósitos, o BCP e o Novo Banco querem recuperar cerca de 500 milhões de euros de créditos que cederam a Joe Berardo para a compra de valores mobiliários (ações e outros títulos). Em causa estão os 7% de capital do BCP que Berardo comprou em 2007 com estes empréstimos. Esta quarta-feira o Público (acesso condicionado) revela que os três bancos já mandaram penhorar 75% da coleção Berardo.
Estes colaterais serão executados, mas o jornal revela que em paralelo estão a decorrer negociações para chegar a um entendimento que diminua as perdas para ambas as partes. Entre as penhoras estão 75% dos títulos da Associação da Fundação Berardo (AFB), que é a dona da coleção de arte exposta no Centro Cultural de Belém.
Contudo, o Público explica que está por esclarecer se esses títulos são reconhecidos pelos tribunais como “títulos executivos”. Caso não sejam reconhecidos como tal, os bancos podem enfrentar dificuldades em reaver as suas dívidas através da penhora. Em último caso, serão mais 500 milhões de euros a pesar nos balanços destes bancos portugueses.
Este colateral da AFB foi dado como uma garantia adicional de Joe Berardo, depois da crise financeira e da dificuldade de recuperação dos mercados. Estes empréstimos estavam ligados à compra de ações que entretanto desvalorizaram fortemente e não recuperaram.
Para já está previsto que a coleção Berardo continue a fazer parte do CCB até 2022.
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