Conflito já vitimou mais de 3 mil soldados norte-coreanos, diz Zelensky
Números excedem em muito as estimativas do Estado-Maior do Exército sul-coreano, que adiantou que mais de 1.100 soldados norte-coreanos foram mortos ou feridos enquanto lutavam ao lado da Rússia.
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, afirmou esta segunda-feira que mais de três mil soldados norte-coreanos foram mortos ou feridos em combates com as forças ucranianas na região fronteiriça russa de Kursk. “De acordo com as informações iniciais, o número de soldados norte-coreanos mortos ou feridos na região de Kursk já ultrapassou os 3.000”, disse Zelensky, numa mensagem na rede social X.
Estes números excedem em muito as estimativas do Estado-Maior do Exército sul-coreano, que adiantou que mais de 1.100 soldados norte-coreanos foram mortos ou feridos enquanto lutavam contra a Ucrânia ao lado da Rússia. Confrontada com a invasão russa durante quase três anos, a Ucrânia lançou um ataque surpresa na região de Kursk no início de agosto, a primeira ofensiva terrestre em território russo desde a Segunda Guerra Mundial.
Vários milhares de soldados norte-coreanos foram enviados para a Rússia nas últimas semanas para apoiar as forças russas, segundo os ocidentais. Esta segunda, Zelensky corroborou as declarações de Seul sobre o provável fornecimento de novas tropas e armas norte-coreanas à Rússia.
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“Há riscos de a Coreia do Norte enviar tropas e equipamento militar adicionais para o Exército russo”, avisou Zelensky, prometendo “respostas tangíveis” por parte de Kiev. O Estado-Maior do Exército sul-coreano disse ainda ter observado preparativos que fazem acreditar que a Coreia do Norte se prepara para enviar novas tropas para a Rússia, como reforços ou para socorrer os que já combatiam.
Os serviços de informações sul-coreanos acreditam que a Coreia do Norte “está a produzir e a entregar ‘drones'” à Rússia. Segundo a Ucrânia, o Exército russo lançou “operações ofensivas intensas na região de Kursk em meados de dezembro, utilizando ativamente unidades do Exército norte-coreano”, que já “sofreram pesadas perdas”.
O Presidente russo, Vladimir Putin, durante a sua conferência de imprensa anual, em 19 de dezembro, admitiu que não podia especificar quando é que o seu Exército conseguiria repelir as forças ucranianas da região de Kursk, mas mostrou-se confiante na vitória das forças controladas por Moscovo.
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