Aguiar-Branco quer “valorização da função política” e melhores salários
Presidente da Assembleia da República considera que o estatuto dos cargos políticos deve ser revisto por existirem "incompatibilidades excessivas". Já os salários devem ser valorizados.
O Presidente da Assembleia da Republica (AR) defende que o estatuto dos titulares de cargos políticos deve ser revisto, argumentando que, aos dias de hoje, existem ”incompatibilidades (…) excessivas” e que limitam o cargo apenas a “quem não represente nada na sociedade”.
“Acho excessivo. Isso leva a que haja uma situação de recrutamento muito difícil”, disse José Aguiar Branco em entrevista ao Expresso, esta sexta-feira. Segundo o responsável, a valorização deve passar também pelos salários, sublinhando que o debate sobre o tema “tem de ser realista” e não o “demagógico”. Aos olhos de Aguiar Branco, “é inadmissível que se faça uma discriminação (…) de que só quem tem fortuna pode fazer política. É uma discriminação inaceitável”, vincou.
Na entrevista, a segunda figura do Estado também refletiu sobre as presidenciais, sublinhando que o próximo Presidente da República deve continuar a ser uma pessoa de consensos nas matérias mais críticas: Saúde, Educação e Justiça — sobretudo nesta última, dado que os compromissos assumidos pelo Governo e pelo líder do PS, no início da legislatura, não tiveram “nenhum eco” desde então. “É uma causa que é fundamental que um próximo Presidente da República agarre“, defendeu.
Questionado sobre a intenção do Governo de continuar a promover ações policiais e de fiscalização de maior visibilidade, Aguiar-Branco começa por dizer que prefere não fazer críticas a quente, mas sublinha que “a percepção de insegurança, de uma forma dispersa, é uma realidade”, confirmada em contactos que tem mantido com autarcas, que reclamam mais policiamento de proximidade.
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