Brasil anuncia Indonésia como novo membro pleno dos BRICS
Apesar do aval ter sido dado em 2023, a Indonésia pediu para entrar formalmente no grupo apenas após as eleições presidenciais de 2024.
A Indonésia é a partir desta segunda-feira o novo membro pleno do grupo BRICS, anunciou o Governo brasileiro, que assumiu a presidência anual do grupo a 1 de janeiro. Em comunicado, o Ministério das Relações Exteriores brasileiro saudou o Governo da Indonésia, “detentora da maior população e da maior economia do Sudeste Asiático”.
A candidatura da Indonésia recebeu o aval dos líderes do grupo na Cimeira de Joanesburgo, em 2023. Apesar do aval ter sido dado em 2023, a Indonésia pediu para entrar formalmente no grupo apenas após as eleições presidenciais de 2024 e da formação do novo Governo.
“A Indonésia partilha com os demais membros do grupo o apoio à reforma das instituições de governança global e contribui positivamente para o aprofundamento da cooperação do Sul Global, temas prioritários para a presidência brasileira do BRICS, que tem como lema Fortalecendo a Cooperação do Sul Global para uma Governança mais Inclusiva e Sustentável”, frisou o Governo brasileiro.
O Brasil sucede à Rússia na presidência dos BRICS, termo criado por um analista da Goldman Sachs sobre economias emergentes, e fundado em 2006 por Brasil, Rússia, Índia e China, juntando-se a África do Sul, em 2011, e, em 2024, o Egito, o Irão, os Emirados Árabes Unidos e a Etiópia. O bloco representa mais de 40% da população global e mais de 35% do Produto Interno Bruto mundial.
Agora, após a Indonésia, em 2025 está prevista, mas não confirmada, a entrada de países como Turquia, Nigéria, Argélia, Bielorrússia, Cuba, Bolívia, Cazaquistão, Vietname, Tailândia, Malásia, Uzbequistão e Uganda como estados membros associados, consolidando o bloco como voz relevante do Sul Global.
O combate às alterações climáticas, a utilização de moedas locais, a inteligência artificial e o reforço na integração dos novos membros são prioridades da presidência brasileira dos BRICS, disse, em entrevista à Lusa, no final de dezembro, o embaixador Eduardo Saboia, negociador-chefe dos BRICS.
Ao todo, o Brasil vai acolher 18 reuniões ministeriais que culminarão na cimeira de líderes que está prevista acontecer em julho, detalhou à Lusa a diplomacia brasileira.
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