Governo espanhol muda CEO da Telefónica e ações caem até 4,3%
Conselho de administração extraordinário no fim de semana trocou o presidente da operadora por Marc Murtra, personalidade próxima do primeiro-ministro.
A Telefónica está sob pressão na bolsa espanhola esta segunda-feira, depois de no sábado o Governo de Espanha ter substituído o CEO da operadora de telecomunicações, numa decisão que apanhou os mercados de surpresa, de acordo com a imprensa internacional.
O El País escreve que, numa reunião extraordinária do conselho de administração, decorrida na tarde deste sábado, foi decidido, com efeitos imediatos, substituir o CEO da empresa, José María Álvarez-Pallete, por Marc Murtra, até então presidente da Indra.
A proposta foi apresentada pela Sociedad Estatal de Participaciones Indistriales (SEPI), o braço industrial do Estado espanhol, que é o principal acionista da Telefónica. De acordo com a Bloomberg, que cita pessoas familiarizadas com a situação, o primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, é da opinião de que falta ambição na estratégia industrial da Telefónica e foco em inovação tecnológica.
Na sequência do despedimento do CEO, as ações da Telefónica chegaram a cair 4,3% esta segunda-feira de manhã, registando o pior desempenho no índice espanhol IBEX-35. Pelas 10h em Lisboa, o título descia 2,97%, para 3,84 euros.
A agência de informação financeira refere que Marc Murtra é visto como próximo de Sánchez, tendo inclusivamente exercido funções numa das suas administrações. Ademais, o Governo espanhol detém 26% da Indra.
Assine o ECO Premium
No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.
De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.
Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.
Comentários ({{ total }})
Governo espanhol muda CEO da Telefónica e ações caem até 4,3%
{{ noCommentsLabel }}