Economia cresce 1,9% em 2024, acima da meta do Governo

Produto Interno Bruto cresceu 2,7% em termos homólogos e 1,5% em cadeia no quarto trimestre. Desempenho na globalidade do ano ficou uma décima acima do esperado pelas Finanças.

A economia portuguesa cresceu 1,9% na globalidade do ano, ligeiramente acima da meta de 1,8% do Governo e do esperado pela generalidade dos economistas. De acordo com a estimativa rápida divulgada esta quinta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), o crescimento acelerou no quarto trimestre para 2,7% em termos homólogos e 1,5% na comparação em cadeia.

Após o aumento de 2,5% no conjunto de 2023, o Produto Interno Bruto (PIB) cresceu 1,9% em 2024, fixando-se uma décima acima do previsto pelo Ministério das Finanças e em linha com o projetado pelo Fundo Monetário Internacional (FMI). O desempenho ficou acima do esperado pela generalidade das restantes instituições económicas: o Conselho das Finanças Públicas estimava 1,8% e o Banco de Portugal, a Comissão Europeia e a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico 1,7%.

A explicar a evolução está o contributo positivo da procura interna superior ao observado no ano anterior, refletindo “a aceleração das despesas de consumo final“, enquanto o investimento desacelerou. Por outro lado, o contributo da procura externa líquida foi negativo, após ter sido positivo nos dois anos anteriores, resultado de uma aceleração das importações de bens e serviços enquanto as exportações mantiveram um crescimento próximo do observado no ano anterior.

Na rede social X, após a divulgação destes dados, o primeiro-ministro sublinhou “uma economia a crescer para garantir melhores salários e salvar o Estado Social”. “A estabilidade financeira que consolidámos, a estabilidade política que conquistámos, e a confiança que temos são as condições para impulsionar um ciclo virtuoso de investimento e criação de riqueza”, lê-se na publicação feita pela conta oficial de Luís Montenegro.

Crescimento dispara na reta final de 2024

O crescimento homólogo da economia acelerou de 2% no terceiro trimestre para 2,7% nos últimos três meses do ano. Os indicadores conhecidos até então já sinalizavam um último trimestre com uma maior taxa, mas o desempenho foi mais favorável do que o previsto pelos economistas consultados pelo ECO.

A contribuir para esta evolução esteve principalmente a aceleração do consumo privado, enquanto o “contributo da procura externa líquida para a variação homóloga do PIB manteve-se negativo, refletindo o crescimento mais intenso das importações de bens e serviços em comparação com o das exportações”.

Na comparação face ao trimestre anterior, o PIB avançou 1,5%, após um crescimento de 0,3% entre julho e setembro. O INE destaca que o contributo positivo da procura interna para a variação em cadeia do PIB diminuiu no quarto trimestre devido à redução do investimento, “refletindo sobretudo o contributo negativo da variação de existências associado em grande medida ao comportamento dos fluxos de comércio internacional“.

Assim, “as importações de bens e serviços registaram uma diminuição em cadeia no quarto trimestre, conduzindo a um contributo positivo da procura externa líquida, após ter sido negativo nos dois trimestres anteriores”.

(Notícia atualizada às 09h52 com mais informação)

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