Repetição de concursos públicos por falta de candidatos atinge recorde em 2023
Quase dois terços dos 85 concursos públicos em 2023 tiveram de ser repetidos por não ter sido possível encontrar três candidatos para apresentar uma proposta de designação ao Governo.
O peso dos concursos públicos repetidos no total de processos finalizados em cada ano tem vindo a aumentar desde 2014, tendo atingido uma dimensão sem precedentes em 2023, de acordo com uma análise aos relatórios de atividades da Comissão de Recrutamento e Seleção para a Administração Pública (CReSAP).
Segundo o jornal Público (acesso condicionado), 54 dos 85 concursos para dirigentes de topo de organismos públicos concluídos em 2023 tiveram de ser repetidos por falta de candidatos suficientes e, desses 54, mais de metade (42) continuou a não permitir obter uma lista de três nomes para o cargo, pelo que o Governo pôde escolher diretamente o dirigente, como prevê a lei.
Ainda não foram compilados os dados de 2024, mas os nove concursos abertos que constavam na página da CReSAP a 30 de janeiro de 2025, seis deles correspondem a repetições. O ministro da Presidência, António Leitão Amaro, já anunciou que o Governo vai apresentar uma “proposta de revisão de critérios para melhorar a atratividade dos cargos de dirigentes públicos”.
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