Eurotux cresce 28% e abre porta a aquisições em Portugal ou Reino Unido

A empresa de Braga, liderada por António Coutinho, está “atenta a oportunidades” na área tecnológica em 2025 e vai investir também no imobiliário para duplicar o tamanho da sede.

A empresa bracarense Eurotux, de Tecnologias da Informação (TI), viu o negócio crescer a dois dígitos no ano passado e pôs no plano de investimento para 2025 uma análise a oportunidades de aquisição de concorrentes tanto em Portugal como no Reino Unido.

“Estamos a avaliar a possibilidade de aquisições de empresas mais pequenas, dentro do nosso perfil [tecnológico], para fazer sinergias com os nossos serviços e enquadrarem-se na nossa oferta. Estamos atentos e, se surgirem oportunidades, iremos com certeza analisar, para aumentar a base de clientes e de recursos humanos”, avançou ao ECO o CEO, António Coutinho.

A Eurotux encerrou o ano fiscal de 2024 com recorde na faturação total, que subiu 28% em relação ao ano anterior para 8,5 milhões de euros. Os serviços geridos (managed services) e os serviços associados à segurança informática foram as principais áreas de crescimento da empresa detida pela Pinheiro Coutinho SGPS e consultora de gestão Helion.

Os resultados levaram o grupo (com o mesmo nome) a atingir uma faturação de dez milhões de euros. A holding é composta pela Eurotux, Dipcode e Eurotux UK, subsidiária que dividida em mais duas empresas, que em breve serão integradas na marca (Raycon e Busted Networks) luso-britânica. Em 2023, o volume de negócios da empresa-mãe tinha sido de 6,9 milhões de euros, após um aumento de 12%.

“O principal impulsionador foi o crescimento orgânico no mercado nacional. Conseguimos aumentar quer o número de clientes em Portugal quer alargar a oferta e obter continuidade da confiança dos clientes existentes”, conta António Coutinho, a poucos dias de celebrar os 25 anos da empresa com um evento na cidade de Braga.

O CEO da Eurotux revela ainda que um dos maiores investimentos será a expansão da área do escritório para o dobro. “Estamos a ficar um pouco apertados em Braga. Já temos o edifício ao lado das nossas instalações e planeamos duplicar”, diz ao ECO. Aposta que não invalida o crescimento além-fronteiras, uma vez que o negócio internacional da Eurotux representou 10% da faturação, graças aos contratos vindos de Terras de Sua Majestade, e deverá subir este ano.

Questionado sobre os resultados da reorganização interna que a empresa fez em 2023, que envolveu um corte nos prazos de entrega dos projetos contratualizados com as empresas e mudanças nos cargos de direção, António Coutinho adiantou que ainda não tem dados quantitativos dos efeitos destas alterações, mas esclareceu que foi uma “otimização da maneira como trabalham”.

“É um processo contínuo, que está em curso ainda. Já conseguimos observar um grande aumento do número de clientes e do trabalho. E conseguimos servi-los sem um aumento proporcional dos recursos humanos, o que nos permitirá continuarmos a crescer de forma eficiente. Sem esta alteração, teríamos necessitado de um grande aumento de recursos humanos”, afirmou o gestor.

Quanto à tecnológica Dipcode, segundo o empresário português, apesar da dimensão, ainda faz sentido manter separada dentro do grupo. Porquê? Os clientes corporate. “As empresas de TI muito pequenas tendem a ter uma mistura de serviços (apoio a infraestruturas, serviços geridos e desenvolvimento de software). É algo que não funciona à medida que se vai para clientes corporate, que não esperam ter no mesmo fornecedor uma mistura de assuntos tão diferentes. Daí termos feito essa separação de marcas”, sublinha o presidente do conselho de administração da holding.

A Eurotux emprega 114 trabalhadores.

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