Amazon tem 3,7 milhões para financiar 20 startups que lutem contra as alterações climáticas
Na edição anterior, a Smartex.ai foi a única empresa portuguesa a integrar o programa. As candidaturas estão abertas até 6 de abril.
A Amazon Web Services (AWS) e a The International Research Centre on Artificial Intelligence (IRCAI) vão financiar até 20 startups no valor total de 4 milhões de dólares (3,7 milhões de euros) através do programa Compute for Climate Fellowship, apurou o ECO. Na edição anterior, a Smartex.ai foi a única empresa portuguesa a integrar o programa.
As candidaturas para a edição de 2025 estão abertas até 6 de abril e podem concorrer startups de todos os países. Cada empresa pode receber até 200 mil dólares (185 mil euros). O objetivo do programa é apoiar startups que utilizam tecnologias de computação em nuvem e inteligência artificial (IA) para enfrentar os desafios das alterações climáticas.
Energia limpa, transportes de baixo carbono, agricultura sustentável, economia circular, edifícios sustentáveis, remoção de carbono e biodiversidade são algumas das áreas prioritárias.

Na edição anterior, a portuense Smartex.ai, startup que combate o desperdício têxtil com Inteligência Artificial, foi a única empresa portuguesa, num total de oito, apoiada pelo Compute for Climate Fellowship. A edição de 2024 contou com uma dotação global de 1,5 milhões de dólares (1,4 milhões de euros).
“Somos a única empresa portuguesa que está no programa Compute for Climate Fellowship da AWS devido ao impacto ambiental que já tivemos”, conta ao ECO, Gilberto Loureiro, o CEO da vencedora do Prémio Pitch da Web Summit em 2021. A startup recebeu 150 mil dólares da AWS (cerca de 139 mil euros).
Somos a única empresa portuguesa que está no programa Compute for Climate Fellowship da Amazon Web Services devido ao impacto ambiental que já tivemos.
“Estamos muito felizes que a Smartex.ai seja um dos nossos bolseiros no programa na edição anterior“, disse a diretora de startups de tecnologia climática da AWS, numa visita à fábrica da Impetus que utiliza a tecnologia da startup portuguesa para detetar defeitos na produção.
Desde 2021, altura que foi lançada, até dezembro do ano passado, a Smartex.ai já conseguiu poupar mais de 7 mil toneladas de tecidos com defeito. “Caso esses defeitos não fossem detetados a tempo, a indústria iria gastar 900 mil milhões de litros de água para tingir as peças”, contabiliza Gilberto Loureiro.
“À medida que os impactos da crise climática se tornam mais disseminados, o mundo precisa de mais soluções como a Smartex, tendo em conta que reduzem o desperdício e as emissões de carbono e ajudam a economizar dinheiro aos clientes”, afirma Lisbeth Kaufman.
Fundado em 2023, o Compute for Climate Fellowship já apoiou 12 startups de vários países, incluindo a portuguesa Smartex.ai.
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