Economia cresceu 2,9% no último trimestre de 2024
Na comparação em cadeia, ou seja, relativamente aos três meses anteriores, o PIB registou um salto de 0,4% no terceiro trimestre de 2024 para 1,5% nos últimos três meses do ano passado.
A economia nacional cresceu 2,9% no último trimestre de 2024, em termos homólogos, revela o Instituto Nacional de Estatística, o que representa uma aceleração face aos 2% registados nos três meses anteriores e uma revisão em alta face aos 2,8% estimados inicialmente pelo gabinete de estatística. A economia nacional registou, assim, uma progressão por quatro trimestres consecutivos face a 2023.
Já na comparação em cadeia, ou seja, relativamente aos três meses anteriores, o PIB registou um salto de 0,4% no terceiro trimestre de 2024 para 1,5% nos últimos três meses do ano passado. Um valor que já era conhecido e que resulta do bom desempenho da procura externa líquida, que no final do ano voltou a ser positiva, depois de ter estado no vermelho nos dois trimestres anteriores, explicou o INE. Isto é, as exportações aumentaram mais do que as importações.
“Os resultados apresentados correspondem à versão preliminar das Contas Trimestrais por Setor Institucional (CTSI) para o quarto trimestre de 2024”, alerta o INE, explicando que “resultados agora apresentados incorporam nova informação com as consequentes revisões das estimativas anteriores de alguns agregados”.
No Orçamento do Estado para 2025, o Governo inscreveu uma estimativa de crescimento de 1,8% em 2024. Mas os dados preliminares do INE apontam para uma progressão de 1,9% que não é mencionada no destaque desta quarta-feira.
No “Boletim Económico de março”, divulgado a semana passada, o Banco de Portugal sublinhou que o consumo privado (líquido de conteúdo importado) contribuiu 1,1 pontos percentuais (pp.) para o crescimento de 1,9% da economia. E que o contributo das exportações desceu para 0,6 pp., devido ao menor dinamismo dos serviços, “expectável com o desvanecimento do impulso pós-pandémico do turismo internacional”. Para este ano, a instituição liderada por Mário Centeno aponta para um crescimento de 2,3% que abrandará para 2,1% no ano seguinte. No Orçamento do Estado, a previsão é que a economia cresça 2,1% este ano.
Poupança das famílias aumenta
As contas nacionais trimestrais revelam ainda que as famílias portuguesas continuam a poupar. A capacidade de financiamento das famílias fixou-se em 4,7% do PIB no quarto trimestre de 2024, o que representa um aumento de 0,8 pontos percentuais face ao trimestre anterior. Este desempenho resultou do “aumento de 13,2% da poupança das famílias”
A taxa de poupança das famílias atingiu os 12,2%, mais 1,1 pontos percentuais do que no trimestre anterior “consequência do aumento de 3,1% do Rendimento Disponível Bruto (2,2% no trimestre anterior), superior ao crescimento de 1,9% do consumo privado. A taxa de poupança está a melhorar de forma consecutiva há cinco trimestres, mas aquém do máximo de 14,2% do rendimento disponível, no primeiro trimestre de 2021.
O INE destaca a importância da “redução do IRS pago devido à aplicação de novas tabelas de retenção na fonte” para o crescimento de 0,6 p.p. do Rendimento Disponível das Famílias (RDB).
“A despesa de consumo final” das famílias “cresceu 1,9% (1,5% no trimestre precedente), determinando o aumento da taxa de poupança para 12,2%
(11,1% no trimestre anterior), o que conduziu a uma capacidade de financiamento de 4,7% do PIB (3,9% no terceiro trimestre)”. “Em termos reais, o RDB ajustado per capita das famílias aumentou 2% no quarto trimestre de 2024 (crescimento de 1,3% no terceiro trimestre)”.
(Notícia atualizada com mais informação)
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