Confiança dos consumidores desce em abril, mas clima económico aumenta após três meses em queda

  • Joana Abrantes Gomes
  • 10:05

Indicador de clima económico tinha diminuído nos últimos três meses, mas em abril registou um aumento ligeiro com a subida da confiança na indústria transformadora.

O indicador de confiança dos consumidores diminuiu em março e abril, após ter aumentado nos primeiros dois meses do ano, atingindo o valor mais baixo desde março de 2024. Em sentido inverso, o indicador de clima económico aumentou ligeiramente, depois de três meses em queda, segundo os dados divulgados esta terça-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).

Para a deterioração da confiança dos consumidores em abril “contribuíram negativamente todas as componentes do indicador, destacando-se as opiniões sobre a evolução passada da situação financeira do agregado familiar”, indicam os “Inquéritos de Conjuntura às Empresas e aos Consumidores”.

Além disso, o saldo das opiniões dos consumidores sobre a evolução passada dos preços aumentou significativamente em abril, de 42,7 para 52,6 pontos, após as diminuições observadas em fevereiro e março, enquanto o saldo das perspetivas relativas à evolução futura dos preços aumentou de forma expressiva nos últimos três meses — de 26,5 em janeiro para 49,6 em abril —, atingindo o máximo desde outubro de 2022.

Quanto ao indicador de clima económico, baseado em inquéritos às empresas, registou um aumento ligeiro de 2,1 para 2,2 pontos, após ter diminuído nos três meses anteriores, com a confiança a aumentar na indústria transformadora, a estabilizar no comércio e a cair na construção e obras públicas e nos serviços.

“Na indústria transformadora, as perspetivas de produção e as opiniões sobre a evolução da procura global contribuíram positivamente para a evolução do indicador de confiança. No comércio, as opiniões sobre o volume de vendas e as perspetivas sobre a atividade nos próximos três meses contribuíram positivamente, compensando o contributo negativo das apreciações sobre o volume de stocks“, indica o INE.

Já a queda do indicador de confiança da construção e obras públicas em março e abril, após ter aumentado nos cinco meses anteriores, reflete o contributo positivo das perspetivas de emprego, enquanto a diminuição do indicador nos serviços “resultou do contributo negativo das opiniões sobre a evolução da carteira de encomendas e das apreciações sobre a atividade da empresa”.

(Notícia atualizada às 11h03)

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