Lucro do Santander Totta recua 8,7% no primeiro trimestre para 268,8 milhões de euros
Banco liderado por Pedro Castro e Almeida atingiu uma quota superior a 20% no crédito à habitação e aumentou em 12% o financiamento às empresas nos primeiros três meses deste ano.
O Banco Santander Totta obteve um resultado líquido de 268,8 milhões de euros, no final do primeiro trimestre de 2025, o que representa uma quebra de 8,7% face ao registo dos primeiros três meses do ano passado.
Em comunicado enviado à CMVM, a instituição financeira salienta que a execução da sua “estratégia de otimização comercial e operacional” levou ao crescimento da base de clientes: mais 71 mil ativos e 80 mil digitais face a março de 2024.
O banco diz ter crescido igualmente ao nível da “transacionalidade dos clientes”, com o número de cartões de débito e de crédito emitidos a aumentar 4,6% em termos homólogos, com os quais foram realizadas 1,2 milhões de operações diárias de compras e pagamentos (+10,7%).
No crédito, Pedro Castro e Almeida, CEO do Santander Portugal, fala num reforço da posição do banco: quota superior a 20% no crédito à habitação, crescimento de 12% no financiamento às empresas e financiamento sustentável a aproximar-se dos 500 milhões de euros.
Até ao final de março assinou mais de 1.300 contratos com jovens para crédito à habitação com garantia pública, num montante total que já ultrapassa os 250 milhões de euros.
Já nos recursos captados, que ascenderam a 46,3 mil milhões de euros, os depósitos cresceram 6,7% e os fundos de investimento 14,8%. “São números que contam histórias de confiança, de relação, de compromisso”, sublinha o gestor, citado na nota enviada ao regulador.
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"Estamos a construir um banco mais próximo, mais simples, mais focado. Porque transformar é escutar, adaptar e agir.”
O rácio de eficiência situou-se em 26,9% (+4,2 pontos percentuais face ao período homólogo) e a carteira de crédito “continuou a caracterizar-se por elevada qualidade”, com uma redução de 0,3 pontos do rácio de NPE (exposições não produtivas) para 1,5%, com uma cobertura de 87,1% — e cobertura por imparidade específica de 57,6%.
“Este é apenas o início de 2025. Mas já é claro: estamos a construir um banco mais próximo, mais simples, mais focado. Porque transformar é escutar, adaptar e agir. E o que vem a seguir é sempre o mais importante”, resume Pedro Castro e Almeida, líder do banco que tem agora 4.682 trabalhadores e 327 agências no país.
A nível global, o grupo Santander atingiu um novo máximo nos lucros de 3.402 milhões de euros até março, na sequência de um aumento de 19% que atribuiu às “receitas com comissões recorde”, que aumentaram 4%, e a “menores custos”. Face há um ano, o grupo financeiro espanhol ganhou nove milhões de clientes, alcançando um total de 175 milhões, realçou em comunicado citado pela Lusa.
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