Stellantis suspende previsões para 2025 devido às tarifas de Trump. Receitas caíram 14% no primeiro trimestre
Grupo automóvel atribui redução das receitas "a um menor volume, a uma combinação regional adversa e à normalização dos preços".
O grupo automóvel Stellantis anunciou esta quarta-feira que teve receitas de 35,8 mil milhões de euros no primeiro trimestre, representando uma quebra de 14% em termos homólogos, tendo ainda suspendido as previsões devido às tarifas norte-americanas.
Em comunicado, o grupo, que integra marcas como Citroen, Peugeot ou Fiat, atribuiu esta redução “a um menor volume, a uma combinação regional adversa e à normalização dos preços”.
Já o número de veículos entregues caiu 9%, para 1,335 milhões, que a Stellantis justificou “maioritariamente devido à baixa produção na América do Norte, resultante de um período alargado de feriados”, assim como da redução de alguns produtos, como veículos comerciais ligeiros na Europa.
O grupo soma ainda 1,21 milhões de veículos em inventário — entre fabricante e concessionários — no final de março deste ano, “em linha com 31 de dezembro de 2024”.
Para recuperar o desempenho comercial, a Stellantis lançou três novos veículos nos primeiros meses do ano.
No documento, a Stellantis disse ainda que vão suspender as suas previsões para 2025 “devido a incertezas relacionadas com as tarifas” comerciais aplicadas pelos Estados Unidos da América sobre as importações automóveis.
“Apesar de os resultados principais do primeiro trimestre estarem abaixo dos níveis de outros anos, outros indicadores-chave refletem um progresso inicial nos nossos esforços de recuperação comercial”, referiu o diretor financeiro da Stellantis, Doug Ostermann, no comunicado.
A Stellantis, que agrupa 14 marcas na Europa e na América, como Fiat, Citroen, Peugeot, Opel, Chrysler e Jeep, obteve lucros de 5.520 milhões de euros em 2024, que comparam com 18.625 milhões de euros no ano anterior.
Os Estados Unidos impuseram direitos aduaneiros de 10% a todos os produtos que entram no país. Antes disso, o Presidente, Donald Trump, já tinha aplicado taxas de 25% sobre o aço, o alumínio e os automóveis.
Na terça-feira, Trump assinou uma ordem executiva com o objetivo de impedir que os fabricantes de automóveis que produzem nos Estados Unidos tenham de pagar tarifas múltiplas sobre veículos e peças importadas. Os fabricantes ficarão, assim, isentos do pagamento de outros impostos aduaneiros, como os que incidem sobre o aço ou o alumínio.
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