Seguradora Real Vida cresceu 94% e vai dar 8,1 milhões ao acionista
A seguradora liderada por Marta Graça Ferreira quase duplicou o negócio em 2024, superou 5% de quota de mercado no ramo Vida e quer continuar a crescer nos seguros financeiros.
A Real Vida eleita, pela segunda vez seguida em 2024, como a preferida pelos mediadores de seguros inscritos na APROSE, associação destes distribuidores, quase duplicou a sua produção em 94%, atingindo 354 milhões de euros. Os lucros líquidos decresceram 13% para cerca de 9 milhões de euros. A administração propôs ao acionista único, o grupo Patris, distribuir 8,1 milhões de euros face ao desempenho deste ano.

A produção da Real nos seguros de risco, normalmente ligados ao crédito à habitação, cresceu 14% para 49,9 milhões de euros em 2024 e face a 2023. Neste segmento a seguradora refere que o “fraco crescimento de Vida Risco reflete uma forte concorrência no setor, com redução de tarifas face aos capitais cobertos, que cresceram muito acima dos 2% de crescimento verificado em volume de prémios”.
Já para seguros Vida Financeiros, a opinião expressa pela companhia é diferente: “os clientes deste segmento após os anos 2022 e 2023 em que as condições, de curto prazo, oferecidas pelo setor bancário, o investimento em imobiliário e a ampliação legal das condições de resgate permitidas nos PPR, exerceram uma forte pressão no resgate das suas apólices, regressam agora aos produtos de Capitalização e PPR do setor segurador, em particular àqueles com têm rentabilidade garantida e que com investimentos de médio prazo podem beneficiar de menor tributação de rendimentos”, conclui o relatório da Real.
Essa nova realidade fez a Real Vida crescer 124% nos seguros financeiros, mais do dobro de 2023, atingindo 303 milhões de euros de venda destes produtos. Os ramos Não Vida, em que a seguradora “quer manter as quotas de mercado”, são pouco expressivos no conjunto das vendas da Real, sendo o ramo Saúde e o ramo Acidentes Pessoais os explorados, representando no conjunto cerca de 11 milhões de euros de prémios emitidos.
Apesar deste crescimento do volume de negócios mas também de 18% no número de apólices em vigor – passaram a 298 mil e de 16% de pessoas seguras – para cerca de 376 mil – o número de colaboradores era de 131 no final de 2024, mais 2 que um ano antes, implicando um claro aumento da produtividade expressa de vendas por trabalhador.
Em relação à solvabilidade a Real Vida mantém sólido 226% no rácio SCR, longe e acima dos 100%, valor mínimo tolerado pelas autoridades de supervisão.
Na parte dos custos de funcionamento destaca-se o pagamento das remunerações aos mediadores no valor de 16,2 milhões de euros em 2024, superior em 15,4% ao pago no ano anterior.
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