Sabadell explora fusão com Abanca para travar OPA do BBVA
Sabadell está em negociações preliminares com o Abanca com vista a uma eventual fusão. Operação poderia travar OPA hostil lançada há um ano pelo BBVA.
O Sabadell está a explorar uma possível fusão com o Abanca num esforço para travar a oferta pública de aquisição (OPA) hostil lançada pelo BBVA, avança o jornal espanhol Expansión (acesso pago, conteúdo em espanhol).
O banco liderado por Josep Oliu tem mantido conversações preliminares com os acionistas do banco galego – que acabou de fechar a aquisição do português Eurobic – que é liderado por Juan Carlos Escotet.
Ainda assim, apesar do interesse do Sabadell num potencial negócio, fontes próximas do Abanca afirmaram ao jornal espanhol que o banco com sede na Galiza não tem interesse nesta operação.
O BBVA lançou uma OPA hostil há exatamente um ano e desde então o Sabadell tem procurado contrariar as intenções do banco concorrente e é neste contexto que surge uma potencial fusão com um banco local.
Caso a fusão avance, o Abanca daria um grande salto no mercado espanhol. No final de 2024, a entidade com sede na Galiza tinha 97 mil milhões de euros em ativos. O banco que resultasse da fusão passaria a controlar perto de 281 mil milhões de euros em ativos, tornando-se no quarto banco do sistema espanhol, atrás do Caixabank, Santander e BBVA.
O Expansión destaca que uma possível operação entre Sabadell e Abanca teria aprovação do Banco Central Europeu (BCE) na medida em que resultaria num banco que estaria cotado na bolsa – algo que não acontece atualmente com o Abanca, controlado por Juan Carlo Escotet e a sua família, com 84,75% do capital do banco galego.
Também o Governo de Pedro Sanchéz veria com bons olhos este negócio dado que sempre se mostrou crítico em relação à OPA lançada pelo BBVA, porque seria prejudicial para a concorrência do mercado. O Executivo espanhol lançou na semana passada uma consulta pública sobre a OPA do BBVA que estará a receber opiniões até ao final desta semana.
Atualmente, Juan Carlos Escotet e a sua família controlam 84,75% do capital do Abanca. Poderia ficar com um quarto do capital da nova entidade que resultasse de fusão com o Sabadell, a larga distância dos outros acionistas.
Do lado do Sabadell, cujas ações estão a subir mais de 2% esta segunda-feira, a BlackRock detém 6,62% do capital da instituição, seguido da Zurich (4,1%) e do mexicano David Martínez (3,49%)
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