Portugal paga mais por 1.250 milhões de euros em dívida a longo prazo

O IGCP obteve um financiamento de 1.250 milhões de euros com Obrigações do Tesouro a sete e 20 anos com os custos a subirem em ambos os prazos.

Portugal obteve esta quarta-feira um financiamento de 1.250 milhões de euros junto dos mercados de dívida através de dois leilões de Obrigações do Tesouro a sete e a 20 anos, com os custos a subirem em ambos os prazos.

O IGCP arrecadou 702 milhões de euros em obrigações com maturidade em 2045, títulos pelos quais os investidores exigiram uma taxa de juro de 3,753%. Em novembro, por títulos com a mesma maturidade, a taxa de juro fixou-se nos 3,304%.

Na linha mais curta, foram colocados 548 milhões de euros em obrigações com maturidade em 2032, com a taxa de juro a fixar-se nos 2,716%. Também neste caso, a taxa ficou acima dos 2,645% que o IGCP pagou no anterior leilão comparável realizado em março do ano passado.

O agravamento dos custos da dívida reflete a subida das yields nos mercados internacionais que se verifica desde o início do ano. Por exemplo, a yield da dívida portuguesa a 10 anos — a linha de referência no mercado — voltou a superar a fasquia dos 3%, quando no final de 2024 estava a rondar os 2,8%. Esta evolução acompanhou a taxa de juro das bunds alemãs, cujo agravamento está relacionado com os planos de aumento da despesa do governo germânico para animar o motor da economia da Zona Euro, incluindo fortes investimentos no setor da defesa.

Até porque, neste período, o Banco Central Europeu (BCE) manteve a política de alívio das taxas oficiais que vem desde o verão do ano passado.

De acordo com o programa de financiamento do Estado, o IGCP conta emitir mais de 20 mil milhões de euros em Obrigações do Tesouro este ano. Praticamente 60% da meta já está cumprida.

(Notícia atualizada às 11h23)

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