“Erva Daninha”. Mega operação da PJ faz buscas em empresas de canábis para fins medicinais
Cerca de 300 inspetores no terreno, acompanhados por juízes e procuradores, no âmbito de investigação sobre tráfico internacional de droga através de negócios legais de plantação de canábis.
A Polícia Judiciária está a realizar esta terça-feira uma mega operação de buscas e detenções que visa empresas de produção de canábis para fins medicinais em Portugal. A operação está a acontecer em vários pontos do território continental e na Madeira, no âmbito de uma investigação sobre tráfico internacional de droga.
Nas buscas estão envolvidos cerca de 300 inspetores, acompanhados por juízes e procuradores do Ministério Público, segundo o Correio da Manhã. Esta rede criminosa é suspeita de comercializar canábis com níveis de THC (substância psicoativa) acima do permitido, que seria produzida em território nacional e transportada para o centro da Europa através dos canais do comércio lícito da canábis medicinal.
A operação está a ser conduzida pela Unidade Nacional de Combate ao Tráfico de Estupefacientes da PJ. Em comunicado, referiu que a operação “Erva Daninha”, na qual deteve “vários suspeitos de pertencer a um grupo criminoso dedicado à introdução de grandes quantidades de canábis em vários mercados europeus e africanos”, cumpriu 64 mandados de busca e apreensão em Portugal, seis em Espanha, um na Bulgária e outro em Chipre.
A CNN Portugal escreve que entre as empresas visadas no processo e na operação da PJ estão a Canna Forest, do Fundão; a Sofex, do Sardoal; e uma empresa em Montenovo da Fataca, em São Teotónio, Odemira.
Portugal é o maior exportador europeu de canábis para fins medicinais e o segundo a nível mundial, apenas atrás do Canadá. Como o ECO noticiou em abril, o volume de exportações portuguesas quase triplicou em 2024 face ao ano anterior, com as vendas a voltarem a disparar para países como Alemanha, Espanha, Polónia, Reino Unido e Austrália.
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De acordo com os dados fornecidos ao ECO pela Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde (Infarmed), há atualmente 41 empresas autorizadas a exercer as atividades de cultivo, 24 ao nível do fabrico e ainda 15 a operar no comércio por grosso. Outras 150 estão à espera do ‘ok’ do instituto público liderado por Rui Santos Ivo.
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