Empresas nacionais estimam prejuízos superiores a dois mil milhões com apagão

  • Lusa
  • 27 Maio 2025

Maioria das empresas (67%) considera que deve ser compensada, com as formas de indemnização mais defendidas a serem "a compensação direta (43%) e a redução de tarifas ou impostos sobre energia (32%).

O apagão elétrico de 28 de abril poderá ter custado 2.000 milhões de euros às empresas nacionais, com 99% das sociedades que participaram num inquérito da Associação Industrial Portuguesa (AIP) a dizerem ter sido afetadas.

Num comunicado, a AIP disse que 71% das empresas “reportaram falhas em compromissos com clientes, como entregas e serviços”, sendo que os resultados evidenciam “fragilidades no plano energético”, mostrando que 57% das empresas não têm sistemas de energia de emergência, como geradores ou baterias de ‘backup’.

Por outro lado, “no plano financeiro, 99% das empresas afetadas indicaram prejuízos, tendo sido mais elevados no setor industrial. Estima-se que o prejuízo das empresas nacionais tenha sido superior a dois mil milhões de euros”, refere o comunicado.

Segundo os resultados do inquérito, a maioria das empresas (67%) considera que deve ser compensada, com as formas de indemnização mais defendidas a serem “a compensação direta (43%) e a redução de tarifas ou impostos sobre energia (32%)”.

O inquérito revela ainda “um forte consenso quanto à responsabilização, com 93% das empresas a defenderem que os governos de Portugal e de Espanha devem apurar responsabilidades e assumir compensações”.

Também a REE — Rede Elétrica de Espanha e a REN — Redes Energéticas Nacionais são consideradas pelas empresas “as principais responsáveis pelos prejuízos causados pelo apagão”.

O inquérito mostrou ainda que “49% das empresas ponderam apresentar queixa formal, enquanto 42% não tencionam fazê-lo”.

O inquérito aos impactos do apagão que afetou a Península Ibérica em 28 de abril auscultou 1.710 sociedades comerciais, entre 02 e 06 maio de 2025 em todo o território nacional.

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