Europa treme com “fúria e fogo”. Investidores fogem do risco
A tensão entre EUA e Coreia do Norte fez tremer as bolsas europeias e Lisboa não foi excepção. Para fugir do risco, investidores refugiam-se no ouro, no iene e no franco suíço.
A troca de palavras entre os EUA e a Coreia do Norte está a cruzar oceanos, e a tensão entre os dois países está a estender-se aos mercados internacionais. As praças europeias não foram exceção, tendo terminado a sessão desta quarta-feira a registar desempenhos negativos, penalizados pela ameaça nuclear. Lisboa seguiu a tendência.
Trump avisou Pyongyang que tem de refrear as ameaças nucleares ou “elas terão como resposta fogo e fúria como o mundo nunca viu” e recebeu como resposta o aviso de que os norte-coreanos estarão a estudar “cuidadosamente” a possibilidade atacar com mísseis o território norte-americano de Guam, no Oceano Pacífico. Com o risco a subir, os investidores estão a refugiar-se no ouro, no iene e franco suíço.
O ouro segue a valorizar mais de 1% para 1.274,2 euros. No mercado cambial, o iene japonês sobe 0,41% para máximos de dois meses, enquanto o franco suíço acelera quase 1% para 1,036 dólares.
Assim, o Stoxx 600 caiu 0,73% para 379,85 pontos. A registar perdas ainda mais elevadas estiveram as bolsas de Madrid, Frankfurt e Paris, que derraparam mais de 1%.
Por cá, Lisboa terminou a sessão como iniciou, desvalorizando 0,47% para 5.252,32 pontos. Com apenas cinco títulos a sobreviverem à tendência negativa, as quedas mais substanciais foram as registadas pelo BCP e pela Sonae, com o banco liderado por Nuno Amado a perder 1,68% para 23 cêntimos e a retalhista a cair 2,33% para 96 cêntimos.
PSI-20 acusa pressão geopolítica
A travar perdas maiores esteve a EDP que depois de ter visto o seu rating ser aumentado um nível pela agência S&P avançou 0,32% para 3,17 euros. A dívida da energética liderada por António Mexia deixou de ser considerada “lixo”, algo que não acontecia desde 2011. A EDP Renováveis também subiu, ganhando 0,35% para 6,81 euros.
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