Oi agrava prejuízos para 950 milhões no primeiro semestre
A operadora brasileira justifica o aumento dos prejuízos com o "impacto do câmbio". Enquanto isso, a dívida aumenta e já ultrapassa 12 mil milhões de euros.
A Oi, operadora brasileira detida em 27,49% pela Pharol (antiga PT SGPS), reportou prejuízos de 3,5 mil milhões de reais (mais de 950 milhões de euros) no primeiro semestre, um agravamento de 32,9% face ao que tinha registado no período homólogo. O resultado deve-se ao “impacto do câmbio”, diz a operadora brasileira.
“O prejuízo reflete o impacto do câmbio no resultado financeiro, uma vez que a Oi encerrou as suas operações de hedge em função da Recuperação Judicial”, justifica a Oi, em comunicado enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), o regulador de mercado brasileiro.
Este agravamento verificou-se apenas no segundo trimestre. Só nesse período, a Oi aumentou os prejuízos em 302%, para 3,3 mil milhões de reais (perto de 895 milhões de euros). No primeiro trimestre, a operadora brasileira tinha conseguido reduzir os prejuízos, para cerca de 58 milhões.
Olhando para os resultados operacionais, as receitas da Oi reduziram-se em quase 10% no primeiro semestre, para 3,2 mil milhões de euros. Ainda assim, o EBITDA (resultados antes de juros, impostos, depreciação e amortização) aumentou em 4,3%, totalizando 905 milhões de euros no final de junho.
A empresa brasileira explica a melhoria no EBITDA com as “iniciativas de eficiência operacional, com foco na redução sustentável de custos”. No primeiro semestre, os custos operacionais reduziram-se em 12%, para 2,3 mil milhões de euros.
Também a dívida líquida registou um agravamento. A Oi regista agora uma dívida superior a 12 mil milhões de euros, superior em 7,5% ao montante que registava no primeiro semestre do ano passado.
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