BE: Acordo nas pensões podia “ter ido mais longe”

Apesar de Catarina Martins se afirmar satisfeita com o acordo, salienta que deixa de parte as pessoas em situação de desemprego de muito longa duração e o baixo valor do geral das reformas.

Esta quinta-feira foram aprovadas as novas regras para reformas antecipadas, beneficiando os trabalhadores que descontam para o Estado há pelo menos 46 anos. A líder bloquista afirma que o seu partido está “satisfeito” com o acordo mas realça que há exceções que ainda carecem de resposta, apontando o caso dos contribuintes de desemprego de muita longa duração.

“Toda a gente, independentemente do regime, se tiver começado a trabalhar antes dos 14 [apesar de só ter começado a descontar com esta idade] vai poder reformar-se sem qualquer penalização aos 60 anos” resume Catarina Martins. “É um avanço, um passo importante” que o Bloco de Esquerda queria concluir antes da apresentação do Orçamento do Estado 2018, meta que foi conseguida. Esta aprovação atempada deixa Catarina Martins “satisfeita” mas não na totalidade.

"Faz justiça a muitas pessoas, temos de fazer justiça a outras tantas que ainda ficaram de fora”

Catarina Martins, líder do Bloco de Esquerda

“Faz justiça a muitas pessoas, temos de fazer justiça a outras tantas que ainda ficaram de fora”, compromete-se Catarina Martins em representação da esquerda bloquista. “Devíamos ir um pouco mais longe”, insiste. As situações que quer ver resolvidas são as seguintes:

  • Cidadãos que pediram a reforma antecipada ao abrigo da lei anterior, que apesar das carreiras contributivas muito longas recebem “reformas de absoluta miséria”;
  • As pensões baixas que “é preciso valorizar”;
  • Pessoas em situação de desemprego de muito longa duração e apesar de não possuírem carreiras contributivas tão longas.

“Ainda bem que finalmente existe um regime para aquela geração sacrificada”

Em relação ao OE2018, Catarina Martins acredita que as melhorias económicas que se têm registado devem refletir-se em melhores condições de vida para a população. “Se a economia está melhor o OE tem de fazer o crescimento económico reverter a favor das pessoas”.

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