Autárquicas: Com a economia a crescer, há candidatos que vão ganhar à boleia de António Costa

  • ECO
  • 24 Setembro 2017

Marques Mendes diz que está a haver uma nacionalização das eleições que é boa para o PS. Com a economia a acelerar, há candidatos a subir nas sondagens, podendo ganhar à boleia de António Costa.

Quando falta apenas uma semana para as eleições autárquicas, há boas notícias para o país: a economia está a acelerar enquanto o défice está a descer. São argumentos que estão a ser utilizados na campanha, assistindo-se a uma “nacionalização das eleições” que, diz Marques Mendes, poderá levar a que candidatos do PS ganhem câmaras à boleia de António Costa.

“Uma novidade nesta campanha é a nacionalização das eleições. Há uma preponderância de temas de caráter nacional”, diz Marques Mendes no espaço de comentário semanal na SIC. “António Costa tem vantagem em fazer isto porque a economia está em alta. Não é bom para os outros partidos. Para o PSD é uma desvantagem. Teria vantagem em pegar nos temas locais”, refere.

Marques Mendes diz mesmo que “há sondagens que se conhecem, e outras que não se conhecem ainda, que mostram que nos últimos dias os candidatos do PS subiram quatro e cinco pontos percentuais. Alguns candidatos vão ganhar à boleia de António Costa”. O “risco do PS é de, apesar disso, perder algumas câmaras porque tem muitas câmaras com divisões internas”.

Já o PSD “tem uma vantagem: teve um péssimo resultado há quatro anos. Pode ganhar mais câmaras, diminuindo o fosso” para o PS. O risco é não ganhar nos grandes centros, de ficar abaixo de 20%, por exemplo em Lisboa, Porto, Oeiras ou Matosinhos”. Em Lisboa, por exemplo, Assunção Cristas, do CDS, não tem risco. O CDS teve 7% nas últimas autárquicas, resultado que a líder do partido deverá conseguir superar no dia 1 de outubro.

 

Economia brilha. Défice de 1,5% é “serviço mínimo”

Esta visão de Marques Mendes sobre as autárquicas resulta dos bons resultados que estão a ser conseguidos pelo Executivo de António Costa no país. A economia está a crescer a um ritmo mais acelerado ao mesmo tempo que o défice encolhe, mas deveria cair ainda mais, defende o comentador.

“Tinha dito em agosto que o PIB do segundo trimestre ia estar na casa dos 3%. Estava certo. É uma boa notícia”, refere. Já o “défice de 1,9% [no primeiro semestre] não é grande obra. O défice devia ser inferior. Se o Governo cumprir [a meta de 1,5% no total do ano] é bom, mas é serviço mínimo”, diz.

Tancos faz mossa? Investigação pode ficar em “águas de bacalhau”

Há bons dados na economia que puxam por António Costa, mas há ministros deste Governo que não têm vivido dias fáceis. É o caso de Azeredo Lopes, criticado por um relatório que o próprio diz ter sido “fabricado” sobre a sua atuação no caso do roubo de material militar em Tancos.

Marques Mendes diz que é um “relatório curioso porque é de pai incógnito. Todos desmentiram”. “Isto ainda vai dar muito que falar sobre a paternidade. Resulta de guerras internas nas forças armadas”, diz, salientando, no entanto, que “está a dar-se importância ao que não interessa nada”. Sobre Tancos “a bronca é de que a investigação ficar em águas de bacalhau por não haver provas. Sobre isto ninguém fala”.

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