Imposto sobre carros sobe. Selo também fica mais caro

A versão preliminar da proposta de Orçamento do Estado para 2018 prevê um agravamento das taxas sobre os automóveis, tanto sobre a compra como a posse. Aumento é de 1,4%.

Comprar carro novo vai ficar mais caro no próximo ano, mas ter um veículo também exigirá um esforço suplementar aos portugueses. De acordo com a versão preliminar da proposta de Orçamento do Estado para 2018, tanto as tabelas do Imposto Sobre Veículos (ISV) como as do Imposto Único de Circulação (IUC) vão ser revistas em alta, registando-se um agravamento até 1,4%.

No caso do ISV, na componente de cilindrada, o aumento varia entre os 0,94% e 1,4%, sendo menor no caso das cilindradas mais baixas (até 1.000 e até 1.250), sendo de 1,4% no caso de automóveis com cilindrada superior a 1.250. Na componente ambiental, gasolina e gasóleo sentem o mesmo agravamento: 1,4%.

A título de exemplo, considerando um Renault Clio dCi de 90 cv, um dos modelos mais vendidos no mercado nacional, atualmente o valor a pagar do ISV é de 1.833,46 euros. Em 2018, a confirmarem-se os valores inscritos na versão preliminar da proposta de OE para 2018, o custo sobe para 1.859,99 euros.

Há um aumento de 26,53 euros no valor do imposto. Tendo em conta que sobre o ISV (mais o valor base do veículo) recai o IVA, o aumento global para os consumidores é de 32,63 euros. Assim, o valor final a pagar pelos clientes — mantendo-se o valor base de venda — passará de 20.224,15 para 20.256,78 euros. O aumento no preço de venda é de 0,16%.

Há um agravamento da fiscalidade no ato da compra dos veículos novos, mas haverá também uma subida no imposto a pagar anualmente, no mês da matrícula, pela posse de um automóvel. E tal como o ISV, também no caso do IUC, o agravamento será de 1,4% para os veículos adquiridos após julho de 2007.

No mínimo, ou seja, considerando um veículo com cilindrada até 1.250 cm3 que emita até 120 gramas de CO2 por quilómetro, o proprietário irá pagar 100,08 euros de “selo”, acima dos 101,49 euros atuais (considerando um modelo de 2017). No máximo, a fatura ascenderá a 836,76 euros, isto no caso de veículos com mais de 2.500 cm3 e que emitam mais de 250 gramas de CO2. Para os veículos matriculados em 2018, há, como em 2017, uma taxa adicional de 28,92 e 58,04 euros para veículos que emitam entre 180 e 250 gramas e mais de 250, respetivamente.

Aos valores do IUC apresentados será preciso acrescentar o adicional para automóveis a gasóleo. “Mantém-se em vigor em 2018 o adicional de IUC previsto no artigo 216.º da Lei n.º 82-B/2014, de 31 de dezembro, aplicável sobre os veículos a gasóleo enquadráveis nas categorias A e B”, refere a proposta de OE para 2018

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