Puigdemont descarta hipótese de convocar eleições por falta de garantias do Governo

"Desde sábado que não houve mais do que ruído", acusa Sáenz de Santamaría, a vice-presidente do executivo de Rajoy.

Não há garantias para que hoje convoque eleições“, disse Puigdemont em frente à população que se reunia na praça de St. Jeume. O presidente catalão diz que não teve “uma resposta responsável” do Governo de Rajoy. “Não aceito estas medidas porque escondem quase sem dissimular a intenção vingativa de um Estado que foi derrotado no dia 1“.

Puigdemont, o presidente da região da Catalunha, terá considerado convocar eleições antecipadas, tal como defendido pelo Governo espanhol. Contudo, as dúvidas dissiparam-se nas últimas declarações do presidente, nas quais afasta para já essa hipótese. A alternativa, a declaração unilateral de independência, não foi contudo avançada no discurso do presidente.

“Não obtivemos uma resposta responsável do PP, que aproveitou para acrescentar tensão num momento em que faz falta o diálogo”, apontou Puigdemont. “Ninguém poderá dizer que não fiz sacrifícios pelo diálogo”, afirma. Mas reforça a vontade popular: “A sociedade catalã mobilizada trouxe-nos até aqui“.

Madrid queixa-se de ruído e falta de diálogo

Madrid já se apressou a reagir. “O senhor Puigdemont não respondeu a um requerimento. Hoje nem sequer veio explicar-se. Desde sábado que não houve mais do que ruído”, acusa Sáenz de Santamaría.

A vice-presidente do executivo de Rajoy contraria diretamente o presidente catalão ao afirmar que “os independentistas deixaram muito claro que não estavam dispostos a dialogar” pois “o próprio presidente do Governo e o Congresso convidaram Puigdemont, mas este “nunca veio”.

Defende ainda que a aplicação do artigo 155.º serve para “garantir o autogoverno da Catalunha e proteger os interesses gerais de todos os espanhóis“. Resume os objetivos do Governo espanhol em quatro tópicos: recuperar “a legalidade” e a “convivência” que se deteriorou na Catalunha; a recuperação económica e emprego da região e, por último, “celebrar eleições”.

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