Rui Rio quer baixar carga fiscal. IRC incluído

  • ECO
  • 17 Dezembro 2017

O candidato à liderança do PSD garante que, se vier a liderar o Governo, fará "um esforço no sentido da redução do IRC". Subir? "Nunca", garante. O objetivo é baixar a carga fiscal dos portugueses.

Rui Rio garante que um Governo do PSD liderado por si terá como objetivo a redução do IRC. O candidato à liderança do PSD acusa o Executivo atual de aumentar os impostos às empresas no Orçamento do Estado para 2018 “por pressão” do PCP. Além do IRC, Rio quer baixar a carga fiscal, mas sem promessas: só será feito o que for sustentável para o futuro.

“Com o PSD no Governo liderado por mim, e penso que liderado por qualquer outro, nisto acho que no PSD há unanimidade, teríamos de fazer um esforço no sentido da redução do IRC e não da sua subida”, afirma o candidato em entrevista ao Diário de Notícias e à TSF este domingo. Rejeitando de todo a subida do IRC, Rui Rio garante que, se for primeiro-ministro, não irá baixar impostos “no dia seguinte” a ser eleito, mas vai fazer “tudo” o que estiver ao seu “alcance” para baixar a carga fiscal aplicada em Portugal.

“Vou fazer tudo o que estiver ao meu alcance para baixar a carga fiscal, desde logo aquela que é fundamental para o investimento e que significa eu investir no futuro, significa eu preparar o futuro e não distribuir já aquela pequena folga que eu possa conseguir“, garantiu, assinalando que o rumo do atual Governo é inverso ao que seria benéfico para o país — “Neste Orçamento do Estado, por exemplo, o IRC é aumentado por pressão do Partido Comunista, não sei se também do Bloco de Esquerda”, critica.

Rio argumenta que se o PSD estivesse no Governo “as margens que conseguimos obter por via do maior crescimento económico seriam aproveitadas de uma forma mais equilibrada para a redução do défice e para a redistribuição”, através de uma “cadência mais lenta” de devolução de rendimentos. “O que é importante para as pessoas, mais do que conseguirem receber qualquer coisa mais rapidamente, é terem a certeza de que no futuro vão seguramente receber mais”, argumenta.

Apesar das críticas, Rui Rio deixou uma certeza: caso lidere o PSD, irá sentar-se com os líderes dos outros partidos como o PS e o CDS — e “no limite dos limites” com o PCP e o BE — para discutir “matérias estruturais”. “O país há muito que deveria ter feito um conjunto de reformas estruturais que cada partido per si tem consciência de que sozinho nunca as fará, nem que tenha 51% dos votos”, explica, exemplificando com a justiça, a segurança social ou a educação. “Os partidos políticos existem para servir Portugal, não existem para servir as suas táticas de curto prazo”, defende.

Contudo, alertou que “fazer uma coligação de Governo com o PS é algo que só deve acontecer em situações absolutamente extraordinárias“. “De certa forma é mais normal a nossa coligação ser com o CDS do que com o PS”, conclui, assinalando, no entanto, que é possível “aspirar a ter uma maioria absoluta” nas eleições legislativas de 2019.

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